domingo, 30 de março de 2014

Peixes, a reconexão

De Peixes recebemos os influxos da compaixão, da ligação com o divino, da sensibilidade e a compreensão máxima do ser humano.

Piscianos são muito sensíveis, o elemento água no estado mutável é ainda mais receptivo e percebe as alterações no ambiente, capta todas as intenções e faz com que as impressões do mundo externo sejam muito fortes.

Com dupla regência, os nativos de Peixes contam com a capacidade de expansão concedida por Júpiter e com uma notável fonte de inspiração vinda de Netuno. A atuação conjunta das forças destes dois planetas tornam o pisciano um indivíduo com sensibilidade especial para criações artísticas. Poesia, música e sonho fluem naturalmente, o que pode levar o indivíduo a uma tendência escapista de permanecer interiorizado num constante contato com seu outro mundo – o que é simbolizado pelas direções opostas dos peixes na representação gráfica deste signo.

Piscianos possuem uma espiritualidade essencial e são muito devotados ao outro, possuem muita empatia com o humano e com sua sensibilidade acentuada se solidarizam com a dor do outro e muitas vezes ele mesmo sente essa dor, o que pode gerar um desgaste de energia. Essa empatia pode ser canalizada positivamente como uma habilidade natural para cura, como é por exemplo a doação de reiki e passes energéticos. Apenas não se pode esquecer que o pisciano precisa repor sua energia por meio da contemplação e da amorosidade.

O grande desafio da energia de peixes é realizar essa entrega à humanidade mas sem se deixar ser ou se sentir vitimizado por essa entrega. Quando o indivíduo ainda não tem uma autoestima madura para atender as necessidades do outro sem se prejudicar com isso, pode estar criando uma dependência emocional daquela situação, pois passa a justificar sua atitude de entrega desmedida em função da necessidade dessa outra pessoa - valorizando mais a necessidade do outro do que a sua própria.

Mas quando nos conectamos com o outro de forma verdadeira percebemos que o que acontece com o outro também nos atinge num reflexo reverso: se nos prejudicamos em nome da necessidade do outro, essa ajuda não é real porque no fundo o outro será responsável pelo prejuízo que permitimos acontecer conosco.

Para que a entrega real aconteça é importante chegar num ponto de equilíbrio em que a doação ao outro ocorra na medida do que eu posso fazer por mim mesmo. Assim, a entrega não será mais um movimento apenas em direção ao outro, mas a atenção ao outro passará a ser uma via de mão dupla em que o indivíduo já preenchido compartilha aquilo que tem dentro de si e recebe de volta a satisfação de ajudar positivamente, o que o preenche novamente. Basta abrir o coração para que a troca ocorra na medida certa.

E aqui vamos de encontro ao ensinamento de Jesus que diz “amai ao próximo como a ti mesmo”. Sem amor próprio, não é possível amar verdadeiramente o outro. Compartilhando nosso amor, restabelecemos a conexão com nossa própria essência, que nos torna verdadeiramente humanos.