domingo, 26 de agosto de 2018
Lua Cheia em Peixes e Trígono de Terra - 26/08/2018
Hoje a Lua Cheia ativa um trígono de Terra: Sol em Virgem, Saturno em Capricórnio e Urano em Touro. Virgem é o signo da produtividade, do serviço e do propósito das coisas. Saturno e Urano são deuses antigos, operam por meio do esforço e dos questionamentos mais profundos.
A fluência do elemento terra nos direciona a avaliarmos o que estamos produzindo no mundo, qual o valor das nossas obras e o quanto estamos aproveitando o nosso tempo.
Jung dizia que vivemos sob a influência do "Espírito deste tempo", uma forma pensamento do inconsciente coletivo que dá valor ao humano a partir do que ele produz e dos resultados de suas ações. Isso gera uma falsa noção de que é preciso gerar coisas que são valorizadas pela sua utilidade e passamos a nos identificar com o nível de produtividade que podemos alcançar. Quanto mais produzo, mais eu valho.
Nos avaliamos pela nossa capacidade de atender essa lógica do consumo, onde somos ao mesmo tempo consumidores e insumos desse encadeamento pois permitimos que o "Espírito deste tempo" nos consuma vivos enquanto corremos atrás de uma suposta produtividade que nos valorize.
Mas o alinhamento desta Lua Cheia nos convida a refletir sobre o real alcance e valor das nossas ações.
O que estamos de fato realizando com o nosso tempo?
Nossas ações produzem bons resultados para nós mesmos, ou estamos continuamente empregando nosso esforço para atender uma demanda interna de pertencimento e aceitação?
No eixo Virgem-Peixes o tema é o servir com propósito. Quando não temos um propósito claro nas nossas ações, vamos agindo até sermos reconhecidos e valorizados pelos outros e isso nos confere valor. Quanto mais valorizados desejamos ser, mais nos esforçamos para ser reconhecidos.
Nesse padrão negativo, agir produtivamente pode ser um meio de receber permissão para pertencer. Talvez tenhamos criado um hábito de nos esforçarmos para cumprir as tarefas que o senso comum determina para sermos considerados "pessoas de bem" e assim nos sentirmos integrados e pertencentes ao nosso grupo: trabalhamos, geramos renda, compramos, nos comprometemos, pagamos, honramos.
Também nos relacionamentos podemos estabelecer uma dinâmica de agir atendendo a expectativa do outro para nos sentirmos aceitos e amados.
Mas se o resultado desse esforço não for o seu próprio bem existe algo errado nessa dinâmica. Se para atender essa produtividade você precisa doar todo o seu tempo a ponto de ficar sem isso para aproveitar os momentos da sua própria vida, você está correndo atrás do vento.
Saturno é o Senhor do Tempo e vem questionar se o seu tempo está sendo bem usado para o seu crescimento, se você está sendo responsável com sua própria evolução. Aliado a Urano em Touro, este pode ser um momento de romper com as estruturas que te mantém aprisionado a um padrão de cumprir tarefas e atender demandas externas para ser valorizado pelo outro e se sentir parte.
Em Peixes, a Lua irradia hoje a consciência do auto-amor e da compaixão consigo mesmo, para que possamos encontrar sentido em nossas ações e nos darmos conta de que temos valor sendo quem já somos.
Existe um propósito para cada Ser nesta existência. Descobrir qual o nosso propósito nos dá a noção de que somos parte de um plano maior e que, apenas por existir, cada um tem por direito próprio seu lugar nesta grande família que é a humanidade.
segunda-feira, 6 de agosto de 2018
O Mundo

Neste arcano encontramos uma figura humana constituída por duas mentes, uma feminina e outra masculina, com um único corpo. O lado masculino à direita segura um bastão no alto, o lado feminino à esquerda segura um bastão e aponta para baixo.
Circunda essa figura uma imensa serpente que está engolindo seu próprio rabo, criando um limite diante dos objetos que estão na área externa e que se relacionam aos quatro elementos alquímicos: terra, água, fogo e ar.
A figura metade homem e metade mulher se relaciona claramente com a ideia do andrógino primordial e a Sizígia, referências propostas por Jung para compreender a reconciliação entre os opostos Anima e Animus na psique humana.
Anima é Animus são contrapartes da estrutura sexual predominante, sendo a Anima feminina e o Animus masculino. Uma pessoa do gênero feminino, uma mulher, tem em si uma contraparte masculina – o Animus, e da mesma forma, uma pessoa do gênero masculino tem si a contraparte feminina – a Anima.
Uma mulher não possui a Anima como contraparte pois ela mesma é a manifestação da natureza em sua forma e potência femininas, portanto, a mulher é inteiramente uma Anima. E da mesma forma ocorre com o homem, ambos são uma manifestação direcionada da natureza em si mesmos, mas possuem o potencial da parte contrária correspondente ao gênero oposto.
Para Jung, existe uma busca humana essencial por encontrar o aspecto da contraparte psíquica que inicialmente se estabelece no mundo externo, ou seja, nas outras pessoas. Nessa fase inicial, a identificação dos atributos acontece por meio de projeções e identificamos, ainda que inconscientemente, as características da nossa contraparte no ser amado.
É por essa contraparte que reconhecemos no outro que nos apaixonamos, e a um primeiro momento julgamos que esses aspectos dos outros nos faltem e na união com eles nos completamos.
Jung propõe que na verdade esses aspectos projetados são essencialmente nossos e por meio dos relacionamentos vamos amadurecendo essa percepção e reconhecimento sobre nós mesmos, até um momento do desenvolvimento psíquico em que podemos ver com clareza tais aspectos em nossa própria psique, num processo que chamou de sizígia – o casamento dos princípios masculino e feminino numa mesma estrutura psíquica.
Jung acreditava que: “É a alteridade psíquica que possibilita verdadeiramente a consciência. A identidade não possibilita a consciência. Somente a separação, o desligamento e o confronto doloroso através da oposição, pode gerar consciência e conhecimento.”
Nessa fase, o indivíduo não tem mais necessidade de projetar aspectos ocultos ou recalcados em outras pessoas, pois agora já se reconhece completamente em todos os seus aspectos. Assim, não há mais ilusões com o que se enxerga ou espera do outro, as relações tendem a ser mais livres e o medo da perda não mais se justifica pois aquilo que admiro no outro, também tenho.
Esse processo de reconciliação dos opostos é essencial para a dinâmica do homem transformado, onde a psique encontrou sua autorregulação através dos processos conscientes (metanoia) e inconscientes (enantiodromia). Neste modelo, a autorregulação é um processo que segue as leis universais e conduz naturalmente o indivíduo ao encontro consigo mesmo.
Na sua obra “O Eu e o Inconsciente”, Jung afirma que:
“Na medida do alcance de nossa experiência atual, podemos dizer que os processos inconscientes se acham numa relação compensatória em relação à consciência. Uso de propósito a expressão 'compensatória' e não a palavra 'oposta', porque consciente e inconsciente não se acham necessariamente em oposição, mas se complementam mutuamente, para formar uma totalidade: o si-mesmo (Selbst).”
Na representação deste arcano está presente o Uróboro, a serpente que engole a própria cauda e que simboliza o eterno movimento do Universo e a forma circular como uma unidade em si mesma, sem princípio nem fim. Ao circundar a figura hermafrodita, sugere que a dinâmica psíquica de compensação e complementação dos opostos é o caminho para se chegar na unidade primordial do SELF, enquanto centro da psique integral.
Para o homem transformado, o Ego consciente foi integrado ao SELF e agora opera no sentido de promover as ações no mundo externo coerentes verdadeiramente ao ser interno. Nesta fase, o Ego não tem mais necessidade de validações, reconhecimentos ou pertencimentos externos pois os objetos conquistados e os resultados das ações não mais confirmam o Ego. Ao ser integrado, o Ego se fortalece. Aqui o Ego está estruturado e pode ser um intermediador eficiente entre mundo interno e externo, com fidelidade completa ao SELF.
Ao escrever sobre “A Psicologia da Transferência”, Jung menciona o casamento entre Anima e Animus numa bela metáfora que envolve a unificação dos opostos masculino e feminino para fazer surgir uma nova criatura, completa, alinhada ao chamado do ser interno agora iluminado pela consciência:
"O negrume, ou seja, o estado inconsciente que foi resultado da união dos opostos, alcança um ponto de máxima profundidade que é ao mesmo tempo um ponto de reversão. O orvalho que cai anuncia a ressurreição e o surgimento de uma nova luz. A imersão em um inconsciente cada vez mais profundo é seguida por uma iluminação que vem de cima."
Simbolicamente, a iluminação é o processo de trazer um conteúdo oculto à luz consciência, para que possa ser incorporado no sistema mental do indivíduo e possa se manifestar no mundo físico. A sizígia é uma etapa primordial para fazer surgir o fio de luz condutor para que tudo que foi acessado no inconsciente encontre seu caminho até a consciência e possa ser finalmente incorporado à noção identitária e constituinte do ser. Quem fará essa incorporação é o Ego, enquanto centro ordenador da consciência e responsável pela interação com o mundo externo.
Assim, um Ego alinhado com o SELF é um poderoso instrumento de transformação do mundo externo, pois nesta fase se conhece a potência e a capacidade para agir, se possui a espontaneidade e leveza para fluir apesar das impossibilidades e das frustrações, e ainda existe conexão consciente com os desejos íntimos para realização das aspirações e propósitos de vida.
Essa noção é reforçada na representação arquetípica proposta pelo Tarot de Thoth de Aleister Crowley, na ilustração singular feita por Frieda Harris. Nesta carta a figura central é uma mulher, numa apologia ao trabalho da Anima como principal conexão entre o inconsciente individual e o inconsciente coletivo.
Emma Jung, esposa de Jung, escreveu notavelmente sobre essa característica da contraparte no gênero masculino. Para ela a Anima tem o potencial transformador mais poderoso pois pode suscitar modificações estruturais na personalidade:
“O papel de transmitir conteúdos inconscientes, no sentido de torná-Ios visíveis, recai acima de tudo sobre a anima. Ela ajuda na percepção de coisas que de outra maneira permanecem no escuro.”
Da mesma forma, Nise da Silveira ressalta o aspecto feminino como preponderante na capacidade humana de estabelecer vínculos saudáveis:
“Se o principio feminino no homem (anima) for atentamente tomado em consideração e confrontado pelo ego, os fenômenos decorrentes de seus movimentos autônomos dissolvem-se, suas personificações desfazem-se. A anima torna-se uma função psicológica da mais alta importância. Função de relacionamento com o mundo interior, na qualidade de intermediária entre consciente e in-consciente, função de relacionamento com o mundo exterior na qualidade de sentimento conscientemente aceito.”
A figura está cercada por uma estrutura circular e ao fundo vemos a Banda de Moebius, que em Lacan encontra representatividade como forma indicativa da singularidade numa metáfora à forma circular (unidade) transformada pelas dobras onde não há mais mundo interno e externo, tudo é uma coisa só.
Quando a carta do Mundo aparece numa leitura terapêutica pode indicar um momento de profunda transformação pessoal, onde o indivíduo passou pelas etapas do caminho de individuação e compreendeu cada momento como significador e constituinte da sua personalidade.
Isso pode promover uma noção de sentido de vida e coerência, permitindo que a pessoa vivencie relacionamentos com mais leveza e liberdade bem como participe colaborativamente dos grupos a que pertença como forma de aprimoramento de si mesma e do mundo à sua volta.
Quando a carta do Mundo aparece numa leitura terapêutica pode indicar um momento de profunda transformação pessoal, onde o indivíduo passou pelas etapas do caminho de individuação e compreendeu cada momento como significador e constituinte da sua personalidade.
Isso pode promover uma noção de sentido de vida e coerência, permitindo que a pessoa vivencie relacionamentos com mais leveza e liberdade bem como participe colaborativamente dos grupos a que pertença como forma de aprimoramento de si mesma e do mundo à sua volta.
Verbenna Yin
Astros - Tarot - Psicanálise
Alinhamento Marte e Vênus - 06/08/2018
Desde ontem entramos na fase minguante da lua, sob a influência do último eclipse: tempo de deixar ir aquilo que se manifestou do passado e que hoje não precisamos mais levar conosco, na área dos relacionamentos. Foi um medo, uma rejeição, uma necessidade de ser validado?
Ao ingressar na fase minguante, a Lua ativou o alinhamento positivo entre Vênus em Virgem (a menos de 1 grau para entrar em Libra) e Marte em Aquário. Esse alinhamento promove as conexões mentais entre homens e mulheres e também a percepção inteligente entre as forças masculinas e femininas dentro de cada um. É um tempo de arrazoar internamente sobre a necessidade de se defender nos relacionamentos e do por quê nos sentimos desprotegidos e à mercê da influência do outro na nossa vida.
Marte está mais distante, então seu campo magnético domina Vênus. Simbolicamente, é tempo de usar a razão para sairmos da subserviência nos relacionamentos, do querer agradar para ser aceita ou mesmo de sermos permissivas para nos sentirmos pertencentes.
Marte pede limites claros para esses comportamentos, pede autovalorização e respeito próprio para que possamos evoluir em relacionamentos mais saudáveis para todos.
Tendemos a buscar no outro as características que julgamos não termos em nós. Projetamos no outro essa falta. Mas a falta, no fundo mesmo, é imaginária. Nos apaixonamos por aquilo que o outro desperta em nós, então busque essa complementação dentro de você mesma. Só assim nos sentiremos inteiras para poder nos relacionar com liberdade, sem medo.
Na abordagem Junguiana, essa é a proposta da integração do Animus com a Anima, aspectos psíquicos que representam o masculino e o feminino em nós, e que ao serem complementados no inconsciente se apresentam à consciência unificados, integrados. Ao escrever sobre esse casamento interno, Jung diz:
"O negrume, ou seja, o estado inconsciente que foi resultado da união dos opostos, alcança um ponto de máxima profundidade que é ao mesmo tempo um ponto de reversão. O orvalho que cai anuncia a ressurreição e o surgimento de uma nova luz. A imersão em um inconsciente cada vez mais profundo é seguida por uma iluminação que vem de cima."
DICA FLORAL: White Chestnut e Water Violet
Ao ingressar na fase minguante, a Lua ativou o alinhamento positivo entre Vênus em Virgem (a menos de 1 grau para entrar em Libra) e Marte em Aquário. Esse alinhamento promove as conexões mentais entre homens e mulheres e também a percepção inteligente entre as forças masculinas e femininas dentro de cada um. É um tempo de arrazoar internamente sobre a necessidade de se defender nos relacionamentos e do por quê nos sentimos desprotegidos e à mercê da influência do outro na nossa vida.
Marte está mais distante, então seu campo magnético domina Vênus. Simbolicamente, é tempo de usar a razão para sairmos da subserviência nos relacionamentos, do querer agradar para ser aceita ou mesmo de sermos permissivas para nos sentirmos pertencentes.
Marte pede limites claros para esses comportamentos, pede autovalorização e respeito próprio para que possamos evoluir em relacionamentos mais saudáveis para todos.
Tendemos a buscar no outro as características que julgamos não termos em nós. Projetamos no outro essa falta. Mas a falta, no fundo mesmo, é imaginária. Nos apaixonamos por aquilo que o outro desperta em nós, então busque essa complementação dentro de você mesma. Só assim nos sentiremos inteiras para poder nos relacionar com liberdade, sem medo.
Na abordagem Junguiana, essa é a proposta da integração do Animus com a Anima, aspectos psíquicos que representam o masculino e o feminino em nós, e que ao serem complementados no inconsciente se apresentam à consciência unificados, integrados. Ao escrever sobre esse casamento interno, Jung diz:
"O negrume, ou seja, o estado inconsciente que foi resultado da união dos opostos, alcança um ponto de máxima profundidade que é ao mesmo tempo um ponto de reversão. O orvalho que cai anuncia a ressurreição e o surgimento de uma nova luz. A imersão em um inconsciente cada vez mais profundo é seguida por uma iluminação que vem de cima."
DICA FLORAL: White Chestnut e Water Violet
sexta-feira, 27 de julho de 2018
Eclipse Lunar no eixo Leão-Aquário - 27/07/2018
Hoje vai acontecer um Eclipse lunar numa formação conhecida como Lua de Sangue por conta do tom avermelhado da sombra projetada pelo nosso planeta. Nessa formação, a Terra ficará entre o Sol e a Lua, tampando a luz solar e projetando sua sombra. Isso é muito simbólico pois o alinhamento físico entre os astros funciona como uma metáfora do que acontece nos comportamentos humanos.
Em psicologia, quando falamos em"projetar a sombra" estamos querendo dizer que existem aspectos em nós que não admitimos para ninguém, que tentamos esconder a todo custo e até somos bem sucedidos reprimindo essas partes que não combinam com a imagem que queremos ter ou passar para os outros.
Para nos adaptarmos a um mundo cada vez mais doente, que exige ideais severos de beleza, de comportamento e de produtividade, pagamos um preço bem alto. E para reprimir partes nossas que não condizem com esses ideais usamos de uma certa agressividade autodirigida, é como uma amputação que levamos adiante sendo violentos e sentindo raiva por termos feito isso conosco.
Mas na verdade essas partes de nós são reais também, elas não deixam de existir apesar de escondidas e de tempos em tempos a sombra pede a nossa atenção porque ela precisa ser vista, reconhecida. Precisamos nos por em termos com ela. Precisamos nos acolher.
Quando não damos chance para essas partes de nós, elas se juntam todas e nos pegam pelo calcanhar, fazem a gente se distrair e nos sabotam, tiram nossa vitalidade para que possamos sair do automático e olhar pra dentro. A sombra vibra no pólo negativo porque está na inconsciência, mas a medida em que vamos nos dando conta dela, trazendo-a para o consciente, a vibração muda e podemos trabalhar esses aspectos no polo positivo - pois a luz é a vibração mais elevada.
E hoje o eclipse vem propor justamente essa metáfora: que sombras internas são essas que não estamos vendo?
Que projeções estamos vendo nos outros, que nos levam a ser intolerantes e rígidos nas nossas opiniões, quando no fundo mesmo o que vemos refletido no outro é coisa nossa que não queremos admitir?
No eixo Leão-Aquário, a sombra individual toma proporções ainda maiores porque o efeito acumulado se projeta também coletivamente, no que chamamos "sombra coletiva", ampliando a vibração dessa energia inconsciente e o alcance da nossa intolerância passa a impactar grupos maiores de pessoas.
Ao lado de Marte, a Lua cheia em Aquário propõe hoje uma reflexão acerca das nossas atitudes e escolhas individuais, principalmente a respeito daquilo que não queremos admitir para nós mesmos, favorecendo uma tomada de consciência e a ruptura com esses padrões destrutivos para que, a partir da nossa revisão individual, possamos também aplacar a sombra coletiva por consequência.
Coletivamente, podemos esperar ainda que essa manifestação maior da consciência se apresente, fazendo irromper na realidade eventos que exigirão posicionamentos mais audazes, contundentes e que rompam com velhas estruturas de poder e dominação.
Então se seu plano para hoje a noite é presenciar o eclipse, aproveite para entrar nessa sintonia vibratória e deixe a lua levar embora sua intolerância, sua necessidade de sempre ter razão, sua rigidez diante das mudanças da vida. Chame a luz para a consciência, pedindo clareza e elevação para que possamos amar nosso próximo (Aquário) como a nós mesmos (Leão).
quinta-feira, 12 de julho de 2018
Lunação e Eclipse em Câncer - 12/07/2018
Hoje a noite tem lua nova no eixo Câncer-Capricórnio em ECLIPSE e com diversos outros marcadores para esta lunação, fazendo um monte de triângulos e vértices para o posicionamento desta noite. Haja coração!!
A lunação é sempre um período de inícios para todos, tempo para plantarmos nossas sementinhas na intenção de receber algo que virá na lua cheia. Mas quando a lua nova está culminada com um eclipse isso quer dizer que a oportunidade de rever o tema correspondente ao posicionamento é inevitável e a vida vai nos parar para enxergarmos o que é que precisa ser revisto de verdade. Os temas ativados pelos eclipses vibram por até 6 meses.
No eixo Câncer-Capricórnio o tema é a afetividade e mecanismos de defesa que criamos para nos sentirmos seguros nos relacionamentos. O caranguejo, arquétipo do signo de Câncer, é um animal cujo padrão é se mover pelas laterais pois sua forma corporal não permite que ele ande pra frente e suas garras enormes mostram a força que ele pode fazer para segurar os objetos. Numa correspondência com os comportamentos humanos, podemos relacionar o padrão do caranguejo com a não exposição dos seus reais desejos por medo do confronto, uma atitude de “caminhar pelas beiradas” e fugir do enfrentamento. E as garras fortes se relacionam com nossa atitude apegada às pessoas e situações que amamos, mas que às vezes podemos segurar com tanta força que despedaçamos aquilo que mais desejamos.
A força do pólo oposto, Capricórnio, pode reforçar a sensação de que temos que “fazer algo” no campo afetivo para garantir que não iremos nos machucar nos relacionamentos, e aí que a coisa pode desandar porque o impulso constante pelo controle da situação nos desgasta e não é real, todo relacionamento é uma via de mão dupla e nunca poderemos fazer a parte que cabe ao outro. A ideia de que posso “incentivar” o outro a agir de uma determinada forma “pelo bem do relacionamento” é irreal, o outro é o outro sempre e temos que assumir o risco desse outro não agir como esperamos se queremos nos relacionar.
Que atitudes estamos tendo nos nossos relacionamentos imaginando que “temos tudo sob controle” e na ilusão de que isso elimina os riscos de nos machucarmos com o outro?
Que apegos podem estar justamente minando o afeto que existe na sua relação hoje?
Que dor foi essa que faz você ainda hoje ficar se protegendo, sem se abrir de verdade ao amor?
Questionamentos que a lua nova vem nos trazer a partir de hoje, em ressonância com o trígono de água ativado novamente com Lua/Sol em Câncer, Júpiter em Escorpião e Netuno em Peixes.
A receptividade para sentir mais do que pensar é essencial para trabalharmos o tema do eclipse nas próximas semanas. Aproveite o fluxo das energias e mergulhe fundo nos sentimentos que aflorarem durante a lunação. O caranguejo é uma criatura marinha e no fundo do mar também se escondem as mais belas pérolas.
Saia da dureza da concha e exercite a abertura e a confiança para uma nova postura nas suas relações, acredite que a natureza humana é sábia e com o tempo transformamos as pedras do caminho em pérolas valiosas.
sexta-feira, 22 de junho de 2018
O Julgamento
![]() |
Rider-Waite Tarot |
Seguramente o arcano que recebe mais interpretações
inadequadas é este, o Julgamento, pois com essa nomeação remete nossa percepção
ao ambiente bíblico apocalíptico que pressupõe um “fim do mundo” e um “juízo
final" que dão um tom negativo à ideia original do arquétipo.
A carta do julgamento geralmente vem ilustrada com essa
imagem de pessoas ressurgindo, saindo de suas tumbas em resposta ao toque das
trombetas que marcam o início de um novo tempo. Aqui na ilustração tradicional
do Tarot Rider-Waite vemos em primeiro plano um homem, uma mulher e uma criança
despertando da morte ao som da trombeta celeste e recebendo de braços abertos
uma figura angélica que usa um estandarte com forma de cruz na cor vermelha.
Na abordagem Junguiana para o desenvolvimento psicológico
humano, todo o funcionamento da psique é estruturado em aspectos distintos que funcionam como polos (princípio da polaridade) e que
se compensam mutuamente num sistema de autorregulação. Quando se investe mais
energia num determinado aspecto intrapsíquico, indiretamente também se
desenvolve o respectivo aspecto oposto, pois a polaridade atua de forma compensatória na
direção da manutenção do equilíbrio de forças. É assim o balanço energético
entre consciente e inconsciente, persona e sombra, animus e anima, as partes
que compõem a psique na estrutura idealizada por C. J. Jung na psicologia
analítica.
Nesta sugestão de imagem acontece o mesmo, o homem num polo
e a mulher no outro, ambos despertos e receptivos, indica que esta carta fala
de um tempo psicológico onde o indivíduo já realizou essas compensações
psíquicas e hoje encontra-se em equilíbrio e devidamente estruturado.
A criança no centro se relaciona à figura do SELF, a
essência mais pura de cada indivíduo que é mantida escondida no inconsciente e
que levamos toda uma vida para nos encontrarmos com ela. É o SELF que faz as
reorientações íntimas e determina o momento das compensações de forças
psíquicas pois é o centro regulador da psique inteira. Quando conseguimos
entrar em contato com nossa essência mais profunda, estamos diante do nosso
SELF: nosso Eu verdadeiro.
É como teria dito Jesus nos evangelhos: “é necessário nascer
novamente para entrar no reino dos Céus”.
Ao escrever sobre os sonhos e as representações simbólicas
do inconsciente, que refletem nossos estados psíquicos diante da existência, Jung afirma que a visão da criança indica que a pessoa está tomando contato com seus
aspectos mais autênticos e espontâneos, que podem ter ficado inacessíveis
durante tanto tempo que até nos
esquecemos - mas que durante o trabalho terapêutico de autoconhecimento é
possível acessá-los novamente.
Para Jung, no inconsciente esse vislumbre da essência
verdadeira geralmente ocorre com a visão de uma “criança divina”. A criança
simboliza esse retorno ao primordial após ter sido realizada a grande jornada
de complementação dos opostos no jogo de projeções da mente.
As projeções são imagens mentais que traduzem nossas
questões mais íntimas e que ainda não temos condições de enxergar
apropriadamente, seja porque tais conteúdos nos assustam, seja porque ainda não
desenvolvemos a fortaleza necessária para lidar com esses temas. De toda forma,
essas questões “aparecem” de forma distorcida quando nos relacionamos com as
outras pessoas, pois projetamos nelas esses aspectos que são nossos mas ainda são
inconscientes.
Nesse sentido, aquilo que enxergamos nos outros não passa de
um filme projetado, de uma miragem, pois o que vemos nem sempre é o real
daquela pessoa - mas com certeza é realmente nosso.
É preciso ultrapassar esse estágio de projeções para
podermos nos enxergar honestamente e realizar o trabalho interno de integrar
nossos aspectos conscientes e inconscientes, depois de trazermos nossos
conteúdos sombrios à consciência e termos transformado essas memórias em algo
construtivo para nós mesmos. Aí sim é possível retornar à verdadeira origem e
recomeçar a trajetória de vida com a mesma confiança e inocência de uma
criança.
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Zen Tarot - Osho |
Essa é a proposta do Tarot Zen inspirado nas lições do guru
indiano Osho. Nesse tarot todas as cartas são apresentadas como posturas
individuais perante a vida e ou retratos de momentos do nosso mundo interno.
Aqui a carta do Julgamento recebeu uma ilustração mais adequada
ao seu simbolismo no nosso tempo, assim como um novo título: “Além da Ilusão”. Se
trata da representação desse estado interno em que não temos mais ilusões a
serem projetadas na realidade externa, estamos além dessa dinâmica e podemos ver com clareza os
nossos aspectos internos sem nos assustarmos com eles nem negarmos sua
existência ou culpar os outros por isso.
A borboleta, símbolo da transformação, indica que já houve essa metamorfose do estado interno e a chama no terceiro olho sugere uma percepção mais refinada que consegue captar uma realidade mais sutil. Os olhos estão fechados pois tudo que vemos com nossos olhos comuns são reflexos nossos, então aqui eles não são mais necessários.
Ao nos aceitarmos completamente como somos e estarmos
dispostos a lidar com a nossa real natureza, experimentamos uma espécie de novo
nascimento pois temos agora uma segunda chance de realizar nosso propósito de vida da
forma mais autêntica possível.
Esse renascimento simbólico significa o retorno às origens
mais puras, onde todo o meu SER se manifesta de maneira harmônica, sem esforço,
honesta e livremente expressando tudo aquilo que sou de verdade. Aqui o estado interno é de seguir o fluxo de eventos que vida propõe, sem amarras nem resistências, sem necessidade de realizar algo para ser beneficiado por seu resultado ou receber reconhecimento por ter feito bem. Renascidos, nos apresentamos à vida dispostos às experimentações que nos chegarem, mantendo uma atitude receptiva e vivificante.
Neste retorno às origens não é preciso mais usar máscaras (as "Personas" de Jung), não há
necessidade de responder mais aos condicionamentos nem buscar a aprovação do
outro para agirmos como queremos ou nos prejudicar para conseguir atender algum desejo.
Tudo já foi pacificado e nossa organização psíquica opera harmonicamente.
É essa harmonização interna que a bandeira da imagem inicial representa.
Nos estudos das mandalas, Jung aponta que a forma de cruz nos desenhos
simboliza a união dos opostos, indicando que a pessoa venceu os conteúdos
internos que seriam projetados nos outros. Agora ela consegue lidar com os
aspectos próprios e também com os dos outros sem se sentir ameaçada, sem
precisar usar mecanismos de defesa nem se incomodar com o que vê refletido no
outro.
Nossas imagens refletidas não nos ameaçam mais pois a atitude agora é a do
observador que a tudo assiste e procura aprender, sem se envolver, além das
ilusões e das projeções da mente.
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Dark Tarot |
Nesta outra imagem o conceito principal permanece mas é ilustrado de outra forma, indicando que a mulher e o homem respondem ao chamado da figura
divina que possui uma aréola circular, correspondendo à ideia de que agora
consciente e inconsciente agem em conjunto para atender o SELF simbolizado pelo
círculo.
Na abordagem Junguiana o círculo é o símbolo maior do SELF,
sendo as mandalas sua expressão mais profunda e completa. Na mandala
encontramos a expressão não verbal dos conteúdos do SELF, que conseguem burlar
o filtro da razão e escapar das censuras do consciente.
Quando a terapêutica envolve processos racionais de
elaboração, como fala e escrita, nosso consciente pode impedir que certas
memórias, afetos e emoções se expressem. Nesse caminho podem ainda haver
julgamentos, críticas internalizadas, idealizações e comparações, e tudo isso
junto atua como obstáculo para que o ser verdadeiro se mostre.
Já na mandala esses conteúdos encontram um outro caminho
para se manifestar. Como a mandala é desenhada, esse conjunto organizado de
formas e cores expressa o SELF sem passar pelas aprovações e seleções da mente
consciente. Por isso a mandala é o retrato fiel do estado de ser de cada pessoa
e tem tanta importância no processo terapêutico na abordagem Junguiana.
E isso é que o arcano do Julgamento tenta representar, esse
momento em que houve uma pacificação das forças internas e externas pois nada
mais pode atingir negativamente o indivíduo: as dores, as memórias, as
projeções, as idealizações, a falta de confiança, tudo isso já passou.
Aqui o indivíduo morreu para essas coisas e agora está
renascendo para um novo tempo em que irá atender plenamente o chamado do SELF para realizar aquilo que é seu propósito na existência. Sua vida agora tem sentido.
Quando estamos integrados ao nosso SELF conseguimos nos
mover pela vida de forma mais fluida e seguimos pelo fluxo dos eventos sem inseguranças. Procuramos expressar
com nossas atitudes quotidianas aquilo em que acreditamos, então passamos a
fazer escolhas que nos contemplam melhor. Pode ser o tipo de alimentação, a
forma de se vestir, o trabalho que realmente faça bem a si mesmo e ao outro, a
atitude colaborativa, a receptividade com o outro, enfim, tudo que confirme externamente aquilo que já existe do lado de dentro.
Aqui a direção da energia é de dentro para fora, o ser manifesta com segurança no mundo externo aquilo que existe no seu interior - numa orientação contrária àquela que atende às necessidades do Ego, pois o Ego precisa do reconhecimento externo para confirmar o que acredita haver no interno.
No fluxo do Ego as confirmações do reconhecimento externo são frágeis pois tudo que vem do externo é projetado, logo, não é real. Mas no fluxo do SELF a nossa expressão é verdadeiramente real pois manifesta externamente o que existe no mais íntimo e profundo da alma humana.
São tantas formas de manifestarmos no mundo nosso potencial, mas
que agora acontecem sem necessidade de reconhecimentos externos nem na base da
barganha, e cada uma de nossas pequenas ações serão agora resultados dessa orientação pelo SELF - que
vai aos poucos se manifestando de dentro pra fora. Nossa essência finalmente emerge.
Verbenna Yin
Astros - Tarot - Psicanálise
quinta-feira, 21 de junho de 2018
Solstício de Inverno - A Mulher Búfalo Branco
Hoje dia 21/06 /2018 acontece o Solstício de Inverno, o momento do ano em que a inclinação da Terra e o posicionamento do Sol produzem a noite mais longa de todas. É a entrada do inverno e o tempo em que a natureza descansa, as plantas e árvores já sem folhas concentram sua energia nas raízes nos lembrando que é tempo de colocar atenção naquilo que é realmente essencial.
Daqui até o dia 24/06 vamos viver um período maior de ausência da luz, as noites serão mais longas que os dias - o que simbolicamente representa que todos estaremos diante das nossas sombras mais escuras.
Por isso as tradições da várias culturas tem o costume de acender fogueiras nessa época do ano, para nos lembrar que a luz sempre retorna e que precisamos perseverar no bem e no amor ainda que as noites sejam mais escuras, frias e longas.
O mito que eu mais gosto para este período é o da Mulher Búfalo Branco, que é um conto dos índios norte americanos sobre a prudência, a união e a perseverança em tempos difíceis.
Num paralelo muito interessante com o momento atual, em que homens se sentem à vontade para cometer torturas com crianças de forma televisionada, a ausência de luz faz surgir essas sombras coletivas da humanidade e podemos nos aterrorizar com essa imagens tão distorcidas e monstruosas.
Vamos aquecer o coração com a fé em dias melhores, mantendo o pensamento nos ideais humanos mais elevados e sustentar o fogo divino em cada um de nós, mantendo acesa a luz dos nossos corações até o retorno do sol no dia das fogueiras de São João.
Compartilho com vocês a lenda da Mulher Búfalo Branco, que eu adoro e que ressoa especialmente pra mim por me lembrar que tudo que eu preciso, eu já tenho. Dentro de mim.
O texto a seguir foi extraído do site:http://www.xamanismo.com/lenda/lenda-da-mulher-bufalo-branco/#
O mito que eu mais gosto para este período é o da Mulher Búfalo Branco, que é um conto dos índios norte americanos sobre a prudência, a união e a perseverança em tempos difíceis.
Num paralelo muito interessante com o momento atual, em que homens se sentem à vontade para cometer torturas com crianças de forma televisionada, a ausência de luz faz surgir essas sombras coletivas da humanidade e podemos nos aterrorizar com essa imagens tão distorcidas e monstruosas.
Vamos aquecer o coração com a fé em dias melhores, mantendo o pensamento nos ideais humanos mais elevados e sustentar o fogo divino em cada um de nós, mantendo acesa a luz dos nossos corações até o retorno do sol no dia das fogueiras de São João.
Compartilho com vocês a lenda da Mulher Búfalo Branco, que eu adoro e que ressoa especialmente pra mim por me lembrar que tudo que eu preciso, eu já tenho. Dentro de mim.
O texto a seguir foi extraído do site:http://www.xamanismo.com/lenda/lenda-da-mulher-bufalo-branco/#
A LENDA DA MULHER BÚFALO BRANCO
Um dia, dois jovens guerreiros Sioux estavam caçando nas pradarias do Minesota. Ao subirem uma colina em busca de caça, eles foram surpreendidos ao verem uma jovem mulher, muito bonita surgir diante deles numa nuvem. Retendo o fôlego, eles a observavam. Ela trajava vestes feitas de corça branca. Levava a tiracolo uma sacola de pele e uma pele de búfalo em uma das mãos. Uma pena de águia, trançada nos seus longos cabelos negros, reluzia à luz do sol. Não tema, ” disse a mulher, ” eu trago paz e felicidade para vocês. Agora me falem, por que vocês estão longe de sua aldeia?”
A graça a beleza dela, incendiou o guerreiro mais velho com pensamentos lascivos, que calou-se. O mais jovem, então respondeu:
- Nossa aldeia está com falta de comida. Nós estamos caçando.
- Aqui – ela disse -, leve de volta este pacote aos seus. Diga para os Chefes das sete fogueiras da sua tribo, para reunirem-se na fogueira do conselho e esperarem por mim.
Ao escutar essas palavras, o mais velho deu voz ao seu desejo de acasalar-se com ela, ali mesmo na pradaria, debaixo do sol. No momento em que o guerreiro mais velho tentou agarrá-la, a mulher envolveu-o na pele de búfalo. Uma nuvem envolveu o corpo dele, e quando o pó assentou, no lugar do guerreiro havia um esqueleto recoberto de vermes.
Foi então que Mulher Búfalo Branco, falou ao jovem guerreiro:
- O homem que olha primeiro a beleza exterior de uma mulher, nunca conhecerá sua beleza divina, pois ele é um cego. Mas o homem que primeiro vê a beleza de seu espírito e sua verdade, esse homem conhecerá o Grande Espírito nessa mulher; se ela quiser deitar-se com ele, ele compartilhará com ela um prazer mais pleno do que poderia imaginar.
- Você, quando me olhou, não ficou cego com a minha beleza, mas seu primeiro pensamento foi: ‘Quem é essa mulher?’ ‘De onde ela vem?’ ‘Será ela uma mulher sagrada?
- Meu jovem, você também terá o que deseja.
- Você e seu amigo simbolizam dois caminhos que os homens podem seguir. Se procurar primeiro a sagrada visão do Grande Espírito, estará vendo da mesma maneira que o Criador, e por isso você saberá que aquilo que necessitar da terra chegará às suas mãos. Mas se preferir seguir primeiro, esquecer o Grande Espírito, satisfazer os seus desejos terrenos, você morrerá por dentro.
Foi então que o jovem guerreiro resolveu perguntar quem era ela.
Ela olhou profundamente nos olhos dele e respondeu:
- Eu sou o Espírito da Verdade. Seu povo me conhece como a Mãe dos Mais Velhos; mas como você pode ver, não sou tão velha assim. Sou a Grande Mãe, que vive dentro de cada Mãe, a moça que brinca em cada criança. Sou a face do Grande Espírito, que seu povo esqueceu. Vim para falar para as nações da planície. Vá para sua aldeia e prepare a minha chegada. Tenho algumas coisas a ensinar, coisas sagradas que sua tribo esqueceu.
O jovem então correu ao seu povo, para transmitir a mensagem de Mulher Búfalo Branco aos Chefes das Sete Fogueiras de sua tribo. Após ouvirem o jovem, toda tribo começou a trabalhar numa enorme cabana, coberta de muitas peles, na qual toda tribo pudesse se reunir.
Quando viram Mulher Búfalo Branco se aproximando pela pradaria, ficaram atônitos. Esperavam por alguém de mais idade. E ela parecia uma donzela, graciosa como a relva que se movia em torno dela no crepúsculo. Seu rosto brilhava como uma luz que falava das flores e das mais finas ervas.
Descalça, como sempre andava nas sua viagens pela terra, ela entrou na grande cabana. Seu vestido de pele de Búfalo Branco irradiava a presença de seu espírito. Sem dizer um palavra, andou em círculo em torno do fogo que ardia no centro da cabana. Cada vez que seu delicados pés tocavam a areia ao redor do fogo, os que a observavam sentiam que cada gesto seu era uma prece de profunda reverência à terra.
Devagar, em silêncio, ela contornou o fogo sete vezes.
Quando por fim ela falou, sua voz era como a canção dos pássaros das pradarias.
- Sete vezes, andei em sete círculos em torno deste fogo, em reverência e silêncio. O fogo simboliza o amor que arde para sempre no coração do Grande Espírito. É o fogo que aquece cada criatura no mundo. Vocês são como um ser único. Esta cabana, feita de muitas peles, é o corpo de vocês. O fogo que arde no centro dela é o amor de vocês.” Parou um momento e, devagar, curvou-se para tirar um graveto incandescente das chamas. “Este fogo é mais forte que qualquer um de vocês. Seu povo esqueceu, o que é mais precioso que a água. Vocês esqueceram suas ligações com o Grande Espírito. Eu vim”, disse ela erguendo o graveto, “como um fogo do céu para reavivar a memória daquilo que foi, e fortalecê-los para os tempos que virão.
Pousou novamente o graveto no fogo e pegou uma sacola de pele que trazia.
- Nesta sacola, trago um cachimbo para ajudá-los a recordarem os ensinamentos que eu trago. Tratem-no sempre com respeito. Levem-no sempre em sacolas das mais finas peles, enfeitadas pela mãos mais reverentes. Ponham neste cachimbo um tabaco sagrado plantado especialmente para esse fim. Fumem-no com um sentimento de gratidão ao Grande Espírito, de cujo sopro vocês receberam a vida. Usem o fumo para representar seus pensamentos, suas orações e aspirações ao Grande Espírito.
Até então ela ainda não tinha aberto a sacola na qual estava o cachimbo. Desatou as tiras de couro que a amarrava, e retirou o cachimbo com tal reverência que todos que estavam na cabana, sentiram o coração transbordando e os olhos cheios de lágrimas.
- Este cachimbo sagrado, e cada tragada de fumo sagrado que vocês inalam pelo seu tubo, ajudará vocês a recordarem que cada sopro de vocês é sagrado. O fornilho do cachimbo é feito de pedra vermelha. Tem o formato de círculo. Simboliza a Roda Sagrada, o sagrado círculo da vida, o dar e receber, da inalação e da exalação, pelo qual todas as coisas vivas ingressam na vida pelo poder do Grande Espírito.
Pedindo um pouco de tabaco, Mulher Búfalo Branco colocou-o no fornilho do cachimbo dizendo:
- Este tabaco, simboliza o mundo das plantas, o musgo das pedras, as flores, as ervas, as folhas das relvas que cobre a colina para que sua mãe não repouse nua ao sol. Vocês estão aqui para cuidar da terra. Suas vidas são acesas pelo mesmo fogo que arde no coração do Grande Espírito.
Assim falando, ela colocou um pequeno graveto no fogo para que ardesse como chama viva.
- Da mesma forma que acendo esse graveto no grande fogo, assim todo ser humano é uma chama que faz parte do fogo eterno do amor do Grande Espírito.
Devagar, ela tirou o graveto em chamas do fogo, e ergueu-o para que todos o pudessem ver.
- Quando vocês viverem em harmonia com o Grande Espírito, sua chama de amor será vivida sempre por aqueles ventos espirituais. Vocês serão tomados de amor pela própria razão da vida! Acenderão o fogo do amor em todos os que encontrarem. Conhecerão o propósito de sua travessia por esse mundo e saberão que o Grande Ser deu uma chama da vida a todos: não para guardarem sua pequenina chama somente para si, amando apenas aquilo que é necessário às suas vidas, mas sim para que pudessem dar o seu amor, e com o fogo desse amor trazer consciência para a terra.
Dizendo isto, ela segurou o graveto bem em cima do fornilho vermelho do cachimbo. Encostou a chama bem no centro do cachimbo, aspirando suavemente pelo tubo até o tabaco incandescer. O cheiro do fumo invadiu o ambiente.
- Assim como o tabaco queima neste cachimbo de terra que representa as plantas – continuou Mulher Búfalo Branco- , assim também esse búfalo que vocês vêem entalhados no fornilho de pedra do cachimbo representa as criaturas quadrúpedes que compartilham com vocês esse mundo sagrado. As doze penas que pendem o tubo do cachimbo representam os seres alados com os quais vocês compartilham o grande círculo do céu.
Em seguida ela passou o cachimbo ao chefe do conselho dizendo:
- Tomem este cachimbo. Agradeçam ao Grande Espírito, e passem o cachimbo aos outros do nosso círculo. Que seus pensamentos sejam elevados ao Grande Espírito que vem agora mexer com suas memórias, abrindo os olhos de seus narradores. Cada amanhecer que nasce vermelho no céu do leste, como o fornilho vermelho deste cachimbo, é o nascimento de um novo dia, de um dia sagrado. Lembrem-se sempre de tratar cada criatura como um ser sagrado: as pessoas que vivem além das montanhas, os pássaros, os peixes e os outros animais, todos eles são irmãs e irmãos de vocês. Todos constituem parte sagradas do corpo do Grande Espírito. Tudo é Sagrado.
Neste momento, o cachimbo começa a ser passado de mão em mão. Depois que todos que estavam na cabana deram uma baforada, Mulher Búfalo Branco levantou com reverência o cachimbo para que todos vissem.
- Levem sempre o cachimbo com vocês. Trate-o como um objeto sagrado. Honrem todas as criaturas e vivam suas vidas em harmonia com o Caminho Sagrado do Equilíbrio de que fala cada árvore, cada flor e cada novo dia. Haverá muitas estações nas quais o coração de vocês se sentirá claro e puro como uma nascente nas montanhas, e vocês conhecerão a paz e a alegria do Grande Espírito. Mas, se vocês sentirem que se afastaram da trilha do Caminho Sagrado, se seus corações passarem a pesar dentro de vocês, não percam tempo em arrependimento. Ensinar-lhe-eis uma cerimônia,” disse ela acendendo o cachimbo mais uma vez no fogo sagrado, “uma cerimônia que cada um de vocês pode fazer em companhia de outros, a sós em suas tendas, ou lá fora, na pradaria.
Ela deu uma pequena baforada no cachimbo e disse:
- Parem suas atividades. Procurem uma pedra sobre a qual sentar. Rogando orientação do Grande Espírito. Acendam o cachimbo e deixem que o fornilho vermelho lhes lembre a sagrada escritura, o caminho da vida, o trilho vermelho do sol. Depois de ter aspirado seu fumo em honra do Grande Espírito, em honra da Mãe Terra, em honra dos animais e das pessoas que são fiéis à realidade, depois de ter dado graças as quatro direções, então aspirem uma vez mais para pedirem orientação aos grandes seres alados do mundo dos espíritos. Peça-os para ajudá-los a ver o melhor procedimento a seguir. Peçam para que eles ajudem a vocês fazerem a escolha mais sábia e a reconhecer os passos que devem tomar na trilha que seu EU mais profundo escolher para vocês. Isso permitirá que o fogo que arde dentro de vocês fale em termos claros, sem interrupções. Peça que os seres espirituais que os cercam, entrem em sua vida. Diga-lhes que desejam ajudá-los e ao Grande Espírito no seu trabalho, e perguntem-lhes como fazer isto. Ao ajudarem o Grande Espírito, vocês se ajudarão. Os seres humanos não são inteiramente felizes nem saudáveis senão quando servem aos propósitos para os quais o Grande Espírito os criou.
Novamente ela entregou o cachimbo, para que fosse passado de mão em mão. Durante muito tempo, Mulher Búfalo Branco permaneceu em silêncio, mesmo após ser completado o círculo de baforada no cachimbo. Quando falou novamente, comparou seus ensinamentos a uma árvore; uma árvore que iria florescer à medida que tomavam a si essas coisas, plantando-as no coração de cada um e aplicando-as no dia a dia.
- Durante longo tempo,- ela continuo-o -, vocês viverão sob a sombra sagrada da Árvore da Compreensão que estou plantando nas suas consciências. E, nas gerações vindouras, seu povo estará unido novamente no Sagrado Círculo da Vida. Infelizmente, essa árvore será derrubada depois de algumas gerações. A árvore parecerá morrer. A Roda Sagrada murchará até ser esquecida. Alguns poucos manterão a luz da verdade ardendo nos seus corações, mas a luz será fraca e, mesmo neles, passará a ser uma brasa pequena e imperceptível.
Guardando o cachimbo na sacola, ela continuou:
- Mas a brasinha permanecerá. Em silêncio, continuará. Mesmo quando vocês tiverem sua terras invadidas, vendidas e roubadas. Essa brasa ainda manterá sua luz acesa, e saibam, meu povo que um grande fogo pode sair de uma única brasa!
- Quando a tempestade passar, essa brasa acenderá um alvorecer mais forte do que qualquer outra alvorada. Uma nova árvore crescerá, mais gloriosa do que esta que agora deixo com vocês. Com o novo alvorecer, eu voltarei e viverei com vocês. Debaixo da sombra dessa árvore, estarão reunidos não somente as tribos vermelhas, mas as tribos brancas, as tribos negras e as tribos amarelas, vindo de todas as direções. Em harmonia, as quatro raças viverão sob os ramos da nova árvore. Tudo que foi quebrado será refeito por inteiro. A Roda Sagrada será consertada. A comida será farta e os espíritos de todas as criaturas alegrar-se-ão na harmonia de uma nova ordem, perfeita. O Grande Espírito, estará atuando dentro das raças, vivendo, respirando, criando através dos povos da terra. A paz virá as nações.
Despediu-se dizendo que voltaria um dia, então transformou-se num Búfalo Branco, e sumiu envolta nas nuvens e nunca mais foi vista.
“Grandes mudanças estão a caminho com o nascimento do Búfalo Branco.”
*** Com o nascimento de um Búfalo Branco, em 1994, em Janesville, no estado de Wisconsin, nos Estados Unidos. Torna-se mais próximo o cumprimento da profecia sagrada de que irá surgir uma nova idade de unificação e espiritualidade global, enchendo-nos de uma esperança maior para o novo milênio.
sábado, 9 de junho de 2018
Sonho e desejo
No sonho realizamos aqueles desejos que não puderam ser ditos nem reconhecidos.
O desejo é o movimento interno do indivíduo na direção de uma satisfação que não foi atendida ainda, seja porque não conseguimos entendê-la ou porque estamos tão envolvidos com certas áreas e demandas da vida pessoal que não há atenção para percebê-la.
No desenvolvimento psíquico, à medida que vamos crescendo em idade vamos também percebendo objetos que atraem nossa atenção e que nos mobilizam à sua conquista: pessoas amadas, situações, posições sociais, objetos, patrimônio, lugares diferentes...
Qualquer que seja o objeto do nosso desejo, ele simboliza uma satisfação não atendida, uma necessidade de ser contemplado que ainda não teve chance de se concretizar.
Mas às vezes o desejo é incoerente com nosso momento de vida e "não combina" com a pessoa que temos sido. O desejo é inconveniente.
Por isso ele pode ficar escondido de nós, não aceitamos que aquela satisfação seja importante e deixamos "pra lá". Mas esse material não é descartado nunca, fica guardadinho no nosso inconsciente e quando há uma brecha a comunicação do desejo acontece quando o nosso racional não consegue mais impedir nem nos defender - quando dormimos.
Quando não conseguimos atender nossos desejos mais genuínos, eles retornam e se comunicam conosco na forma de sonho. É no sonho que acontece essa conversa íntima e pessoal de nós com a gente mesmo, onde o nosso inconsciente tem a chance de mostrar aquilo de que realmente precisamos para viver, o que vale a pena viver para experimentar.
Mas essa conversa não é pela lógica ou pelo racional, ela acontece no nível do simbólico e é através das imagens que o desejo se manifesta. Se estivermos atentos aos nossos sonhos, podemos entender melhor o que é que o nosso ser interno quer comunicar pra nós.
Acolher os sonhos é o melhor caminho para entender o que realmente precisamos viver para encontrar satisfação interna e nos sentirmos contemplados pela existência.
Nem sempre é fácil entender o que o sonho quer dizer, às vezes o mundo simbólico é cheio de mistérios e caminhos intrincados. Nesse caso é importante que você seja acompanhado no seu processo por um terapeuta que possa te acompanhar nesse desbravamento dos territórios psíquicos do sonhar e você possa finalmente entender o que seu inconsciente está de comunicando.
E atenção: quanto mais o sonho se repete, mais urgente é a necessidade de atender aquele desejo.
Então se você anda sonhando muito com um determinado assunto, não deixe passar a oportunidade de viver aquilo que seu sonho está te mostrando. Essa será uma experiência que ajudará a transpor uma etapa importante do seu desenvolvimento pessoal e certamente refletirá na expansão da consciência para começar novas etapas de vida.
quarta-feira, 6 de junho de 2018
A verbena e o tarot
O uso ritual das ervas para conexão espiritual é uma prática ancestral, cada civilização tinha uma forma de utilizá-las dentro do seu contexto e momento histórico e alguns usos perduram até os dias de hoje ainda nas metrópoles urbanas.
É o caso da verbena, essa plantinha mágica ligada aos mistérios do profundo feminino.
A verbena é uma planta cítrica, com perfume muito fresco que imediatamente nos remete ao ideal de limpeza. E não é para menos, a verbena era utilizada desde a época do império romano para realização de cerimoniais de limpeza energética pois os guerreiros, quando voltavam das campanhas do exército para suas vilas e cidades de origem, não podiam passar pelos portões da cidade sem antes receberem um banho de verbena preparado pelas mulheres.
Acreditava-se que a energia mais masculina e agressiva de Ares, o Deus da Guerra, somente seria neutralizada pela energia feminina e delicada da verbena, permitindo que aqueles guerreiros entrassem na cidade limpos do peso da guerra.
Na cultura celta também se registra o uso ritual da verbena pelos druidas, que faziam defumações dos lugares sagrados com essa erva e faziam infusões e preparados com verbena para desenvolver dons de profecia, contato com espíritos e iniciações.
E daí em diante a verbena é uma das ervas mais usadas em rituais para limpeza energética por vários povos, tanto in natura como também em chás, perfumes e incensos.
Mas eu gostaria de comentar que a verbena é muito especial para limpeza das cartas usadas para tiragens de tarô.
Como todos sabemos, para uma consulta de tarô o consulente irá escolher ele mesmo as cartas, irá embaralhá-las, segurá-las, e assim acaba por impregnar nas cartas a sua própria energia. Essa impregnação é muito importante pois cria um elo entre a mente do consulente e as opções simbólicas do tarô para que o inconsciente se manifeste e a ponte com o mundo interna se estabeleça.
Porém quando a consulta termina, é muito importante que a energia daquela consulente seja esvaziada das cartas para que numa próxima leitura a pessoa seguinte possa realizar o mesmo processo de impregnação.
Nesse sentido é muito interessante promover uma limpeza energética do tarot com o uso da verbena em forma de incenso, aspergindo a fumaça formada sobre as cartas e deixando que os elementos promovam a desimpregnação das energias fixadas nas cartas.
E essa desimpregnação vale para ambientes também, para depois daquelas visitas inadequadas, para elevar a vibração de um ambiente, para depois de uma temporada de doença no quarto, e até mesmo para eliminar rastros energéticos de quem morou antes na casa.
A verbena tem poder de pacificar energeticamente os eventos acontecidos até ali para que parem de vibrar, eliminando resíduos de agressividade e raiva e promovendo um ambiente mais tranquilo e com vibrações mais estáveis.
Experimente!
É o caso da verbena, essa plantinha mágica ligada aos mistérios do profundo feminino.
A verbena é uma planta cítrica, com perfume muito fresco que imediatamente nos remete ao ideal de limpeza. E não é para menos, a verbena era utilizada desde a época do império romano para realização de cerimoniais de limpeza energética pois os guerreiros, quando voltavam das campanhas do exército para suas vilas e cidades de origem, não podiam passar pelos portões da cidade sem antes receberem um banho de verbena preparado pelas mulheres.
Acreditava-se que a energia mais masculina e agressiva de Ares, o Deus da Guerra, somente seria neutralizada pela energia feminina e delicada da verbena, permitindo que aqueles guerreiros entrassem na cidade limpos do peso da guerra.
Na cultura celta também se registra o uso ritual da verbena pelos druidas, que faziam defumações dos lugares sagrados com essa erva e faziam infusões e preparados com verbena para desenvolver dons de profecia, contato com espíritos e iniciações.
E daí em diante a verbena é uma das ervas mais usadas em rituais para limpeza energética por vários povos, tanto in natura como também em chás, perfumes e incensos.
Mas eu gostaria de comentar que a verbena é muito especial para limpeza das cartas usadas para tiragens de tarô.
Como todos sabemos, para uma consulta de tarô o consulente irá escolher ele mesmo as cartas, irá embaralhá-las, segurá-las, e assim acaba por impregnar nas cartas a sua própria energia. Essa impregnação é muito importante pois cria um elo entre a mente do consulente e as opções simbólicas do tarô para que o inconsciente se manifeste e a ponte com o mundo interna se estabeleça.
Porém quando a consulta termina, é muito importante que a energia daquela consulente seja esvaziada das cartas para que numa próxima leitura a pessoa seguinte possa realizar o mesmo processo de impregnação.
Nesse sentido é muito interessante promover uma limpeza energética do tarot com o uso da verbena em forma de incenso, aspergindo a fumaça formada sobre as cartas e deixando que os elementos promovam a desimpregnação das energias fixadas nas cartas.
E essa desimpregnação vale para ambientes também, para depois daquelas visitas inadequadas, para elevar a vibração de um ambiente, para depois de uma temporada de doença no quarto, e até mesmo para eliminar rastros energéticos de quem morou antes na casa.
A verbena tem poder de pacificar energeticamente os eventos acontecidos até ali para que parem de vibrar, eliminando resíduos de agressividade e raiva e promovendo um ambiente mais tranquilo e com vibrações mais estáveis.
Experimente!
quarta-feira, 30 de maio de 2018
Por que Verbenna Yin?
Muita gente me pergunta por que adotei esse nome, Verbenna Yin.
Meu nome de batismo é Valéria, e eu fui Valéria durante mais de 30 anos. Mas depois dessa idade entrei numa forte transição de vida, revi minhas escolhas e percebi o quanto meu caminho estava distante de quem eu era de verdade. Como voltar ao rumo certo?
Foi então que passei a me reconectar com a minha essência, estudar as bioenergias, os símbolos e os processos inconscientes, e durante as formações fui iniciada nas artes terapêuticas e me foi dado esse nome: Verbenna Yin.
A Verbena é uma plantinha pequena que floresce em grupos, e desde a antiguidade está associada às artes da cura e da limpeza de energias "agressivas".
Na Roma antiga, os soldados que voltavam das campanhas de guerra não entravam nas suas cidades sem antes receber um banho de verbena dado pelas mulheres. Acreditava-se que a energia que os acompanhava nas guerras constantes precisava ser limpa e ficar do lado de fora, para só então os guerreiros poderem voltar para suas casas.
Na Idade Média, a verbena era utilizada para como medicamento para dores e calmante para nervos aflorados, sendo também indicada para revitalizar as mulheres no pós parto e até para aumentar a produção de leite materno - o que lhe conferiu o nome popular de "Erva de Vênus".
O óleo essencial de verbena é utilizado atualmente para tratamento de arritmias cardíacas e limpeza do fígado, sendo também um dos florais do Sistema de Bach indicado para equilibrar os corações mais valentes.
Complementando o novo nome chegou a expressão "yin", do conceito oriental de "Yin" e "Yang" - as polaridades feminina e masculina, negativo e positivo perfeitamente integrados para que o mundo concreto se manifeste.
O Yin corresponde ao princípio feminino e veio num momento em que eu passei por um profundo processo de ressignificação do feminino para mim mesma, deixando para trás uma identidade pautada em conceitos culturais equivocados para aceitar plenamente minha natureza feminina.
O resultado foi um transição de carreira, depois de 23 anos no mundo corporativo eu abracei a missão de cuidar e acolher as irmãs do caminho que, como eu, precisam se reencontrar com sua essência e resgatar a alegria de serem mulheres.
Ambos os nomes vieram confirmar uma direção para que eu pudesse praticar os conhecimentos e treinamentos que recebi, no resgate do Feminino Sagrado e da essência feminina em cada mulher que se encontra comigo para curar a si e a sua linhagem.
É uma honra sustentar este nome como uma confirmação de todo o caminho percorrido, hoje sem dúvida é assim que me reconheço: Verbenna Yin.
Muito prazer!
Meu nome de batismo é Valéria, e eu fui Valéria durante mais de 30 anos. Mas depois dessa idade entrei numa forte transição de vida, revi minhas escolhas e percebi o quanto meu caminho estava distante de quem eu era de verdade. Como voltar ao rumo certo?
Foi então que passei a me reconectar com a minha essência, estudar as bioenergias, os símbolos e os processos inconscientes, e durante as formações fui iniciada nas artes terapêuticas e me foi dado esse nome: Verbenna Yin.
A Verbena é uma plantinha pequena que floresce em grupos, e desde a antiguidade está associada às artes da cura e da limpeza de energias "agressivas".
Na Roma antiga, os soldados que voltavam das campanhas de guerra não entravam nas suas cidades sem antes receber um banho de verbena dado pelas mulheres. Acreditava-se que a energia que os acompanhava nas guerras constantes precisava ser limpa e ficar do lado de fora, para só então os guerreiros poderem voltar para suas casas.
Na Idade Média, a verbena era utilizada para como medicamento para dores e calmante para nervos aflorados, sendo também indicada para revitalizar as mulheres no pós parto e até para aumentar a produção de leite materno - o que lhe conferiu o nome popular de "Erva de Vênus".
O óleo essencial de verbena é utilizado atualmente para tratamento de arritmias cardíacas e limpeza do fígado, sendo também um dos florais do Sistema de Bach indicado para equilibrar os corações mais valentes.
Complementando o novo nome chegou a expressão "yin", do conceito oriental de "Yin" e "Yang" - as polaridades feminina e masculina, negativo e positivo perfeitamente integrados para que o mundo concreto se manifeste.
O Yin corresponde ao princípio feminino e veio num momento em que eu passei por um profundo processo de ressignificação do feminino para mim mesma, deixando para trás uma identidade pautada em conceitos culturais equivocados para aceitar plenamente minha natureza feminina.
O resultado foi um transição de carreira, depois de 23 anos no mundo corporativo eu abracei a missão de cuidar e acolher as irmãs do caminho que, como eu, precisam se reencontrar com sua essência e resgatar a alegria de serem mulheres.
Ambos os nomes vieram confirmar uma direção para que eu pudesse praticar os conhecimentos e treinamentos que recebi, no resgate do Feminino Sagrado e da essência feminina em cada mulher que se encontra comigo para curar a si e a sua linhagem.
É uma honra sustentar este nome como uma confirmação de todo o caminho percorrido, hoje sem dúvida é assim que me reconheço: Verbenna Yin.
Muito prazer!
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