Nossos cabelos podem absorver as energias ao redor e guardar
memórias.
Os cabelos compridos são valorizados em diversas culturas
ancestrais. Às vezes trançados, outras vezes enrolados, presos no alto da
cabeça ou sob véus, os povos antigos tinham em comum o hábito de manter os
cabelos em constante crescimento.
Os cabelos são condutores elétricos naturais e podem
conduzir as energias externas do ambiente para dentro de nós, onde aquela
sensação pode ser convertida numa percepção mais sutil.
Um insight, um deja vu,
um medo...
Afinal, quem nunca sentiu um arrepio na nuca?
E essa percepção pode ficar impregnada nos fios fazendo com
que os cabelos se tornem de fato grandes armazenadores de memórias. Nossas
histórias, as emoções que vivemos, as alegrias e tristezas da nossa trajetória,
ficam todas lá registradas em nossas madeixas.
Porque os cabelos dão o tom no nosso visual, eles são a
moldura do nosso rosto – aquela parte de nós que só os outros vêem diretamente.
Nós só nos vemos por reflexo, nunca nos vemos de frente.
Mas os cabelos, nessa compreensão maior, por armazenarem
toda nossa história pessoal, podem ser também a moldura do nosso ser interno já
que as nossas impressões sobre o mundo e o aprendizado adquirido nas
experiências de vida estão lá dando o tom da nossa existência.
Por isso os povos ancestrais tinham tanto respeito pelos
cabelos e algumas culturas tinham o hábito de trançá-los longamente,
reverenciando a história pessoal de cada um e o caminho percorrido para que
cada ser pudesse se desenvolver em plenitude.
Resgatar este costume ancestral, trançando os cabelos em
honra à pessoa que somos hoje e emoldurando com beleza as nossas histórias,
pode ser um lindo caminho de cura para nós mulheres.
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