Cada vez mais as mulheres estão se conscientizando dos seus
ciclos internos e da ligação do seu corpo com as fases lunares, o que se manifesta
principalmente no ciclo menstrual.
No período menstrual, o corpo pede uma pausa para podermos
nos reconectar com a nossa sacralidade feminina. É o tempo da Lua.
Esse é um tempo em que a natureza se manifesta em nós pedindo
mais calma para respirar, pedindo um recolhimento para aquecer os pés, o ventre
e o coração, para prestar atenção aos sonhos e repor as nossas energias.
O tempo da lua é o tempo para fluirmos com as águas do nosso corpo, deixando o sangue e as lágrimas movimentarem as energias que precisam ser liberadas e reorganizadas internamente em nós.
Mas a maioria das mulheres tem seus afazeres em casa e
também um trabalho regular fora de casa, o que exige de nós uma disponibilidade
extra para assumir todos esses comprometimentos com a mesma energia.
Quando tomamos para nós esse padrão de eficiência que não admite
pausas para a mulher vivenciar o seu tempo de lua, nosso corpo sente esse
desgaste maior da energia. Podemos ficar mais cansadas, dormir mal, falar demais
ou comer de forma inadequada coisas que não nos fazem bem. O efeito é
destrutivo.
Porque nossa natureza feminina é diferente do padrão de
eficiência e disponibilidade constante que é a referência vigente para esta
sociedade, que exige cada vez mais das pessoas em troca de tão pouca “qualidade
de vida”. O discurso é de que o importante é a “qualidade” e não a “quantidade”.
Será mesmo?
Essa eficiência de quem não “para nem por uma gripe” é
irreal, ela não condiz com a nossa condição feminina e nos leva para uma falsa
sensação de competência que ao longo do tempo nos custa muito caro. As escolhas
que temos que fazer para sermos “competentes” o tempo todo, na régua da
sociedade, leva embora nossa energia feminina todos os meses e compromete nosso
potencial criativo ao longo do tempo.
Ao não respeitar nosso tempo de lua e nossas necessidades de
pausa e reconexão com a natureza, vamos ficando distantes da vibração feminina
e do poder criador do nosso sangue, surgindo os problemas de fertilidade,
irregularidades menstruais, miomas, pólipos, cistos, endometrioses... Tantos
reflexos da nossa energia criativa sendo mantida lá dentro de nós, sem poder
fluir naturalmente e cristalizando no corpo em problemas de saúde.
Uma boa maneira de lidarmos melhor com nossa energia
criativa é começar a rever nosso
comportamento durante o tempo de lua. Anotar
as datas dos ciclos, fazer um calendário lunar, usar paninhos e coletores
menstruais, são boas pedidas para quem gostaria de aprofundar essa relação com
o corpo - porque são atividades nos tiram do padrão automatizado e permitem que
nos observemos melhor nesse período.
Ao retomar o contato com o fluxo do nosso sangue, nossa
energia de vida, retomamos também o poder de criação que essa energia pode
concretizar no mundo real.
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