sábado, 23 de setembro de 2023

Marco Temporal: análise do céu


marco temporal

Ontem o STF formou maioria para votar contra o Marco Temporal das terras indígenas. Para quem ainda não está a par deste assunto, a Constituição de 1988 garante a posse dos territórios indígenas aos povos originários, tendo em vista sua relação vital com a terra por questões culturais e religiosas.

Para garantia desse direito, é necessária a demarcação desses territórios - coisa vem acontecendo com muito custo e por meio de articulação política dos próprios indígenas que aprenderam o jogo do poder.

A tese do Marco Temporal foi a reação a isso. Pela tese, só seria possível demarcar os territórios efetivamente ocupados pelos indígenas depois da promulgação da CF/88 - o que ficaria inviável já que houve massiva invasão armada aos territórios indígenas, vide o desastre dos garimpos nas terras ianomamis no governo passado.

O Marco Temporal então inverte o direito e pretende garantir a posse dos posseiros. E daqui pelo o gancho da astrologia com Urano, que é o grande inversor e representante dos interesses coletivos.

Ontem, dia 21/Set - dia da árvore, Urano estava na C4 do mapa do país fazendo um ótimo aspecto com Sol e Mercúrio natal em Virgem. Aqui temos Urano invertendo a antigo conceito de "índio" e criando a condição de reconhecimento amplo do "indígena" que é o brasileiro originário e, portanto, igualmente cidadão que faz jus à proteção constituicional.

marco temporal

Também existe um ótimo aspecto entre Urano em Touro e Plutão em Capricórnio, fechando um grande trígono de terra com Sol-Mercúrio natais. Plutão restaura a titularidade do poder sobre as terras indígenas para os povos originários.

Concorreu para o exame da causa a atividade de Mercúrio, dispositor da natividade, que foi até o ponto do Mercúrio natal, voltou e está passando pela 3a. vez nessa área do mapa, reforçando o nível de análise e detalhamento técnico.

Marte, regente da C3 e dos aprendizados, está cravado na cúspide da C9, da Justiça. Como ex-advogada, foi muito especial confirmar que a maioria dos votos continha um entendimento que foi construído juridicamente por muitos anos, desde a CF/88, passando pelo julgamento do Território Raposa Serra do Sol e agora com a análise sobre o Território Xokleng. Foi lindo de ver!

Júpiter em trânsito por Touro já está atuando na C4, das terras e da ancestralidade, sendo também um símbolo da aplicação Justiça em favor daqueles que aqui estavam primeiro.

Vênus em trânsito estava em conjunção perfeita a Vênus natal em Leão, favorecendo as questões que envolvem reconhecimento e legitimidade de direitos.

Saturno na C1 em Peixes é significativo, pois indica a necessidade de correção das situações que ameaçam e vulnerabilizam os coletivos, combatendo a discriminação e a exclusão. Saturno está em oposição a Mercúrio, então entendo que este foi um fator fundamental nos entendimentos: reverter a exclusão e a vulnerabilização dos povos originários.

Por fim, temos uma condição muito interessante: ontem e Lua estava em Sagitário, fazendo bom aspecto com Vênus em Leão e Quiron em Áries. Tanto Vênus como Quíron em trânsito estão nos mesmos signos de seus natais.

Vênus e Quíron juntos são sinal de reparações históricas curativas, restauradoras. Aquele bálsamo que alivia (Quíron) e traz de volta a esperança pelo poder da reunião (Vênus).

Me contem o que vocês acharam do julgamento, vou gostar de conversar mais com vocês sobre este tema.

Verbenna Yin
Astros - Tarot - Psicanálise

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