As estações do ano são promovidas pelo posicionamento do
planeta em relação ao Sol. A Terra possui uma inclinação e mantém os movimentos
de rotação num eixo imaginário que ora está mais próximo do Sol, ora mais
distante. O distanciamento do Sol causa uma diminuição da quantidade de energia
solar disponível em determinadas regiões, o que, por sua vez, resulta
num ambiente energético distinto e com características próprias – as estações.
No Outono estamos vivendo a estação em que o ambiente
energético produz uma resposta da natureza: o desligamento. As flores vão murchando,
os frutos amadurecendo, as folhas vão se destacando e caindo pelo chão. O tempo
do florescimento passou, agora é hora de manter aquilo que é essencial,
estrutural. A energia vital vai começar a se recolher no tronco das árvores,
mantendo os recursos concentrados no que é realmente importante e que dá
sustentação para a vida prosseguir.
Assim também vai acontecendo conosco, vamos nos desligando
de pessoas e situações que não têm mais como florescer. Nós também respondemos
a essas energias porque elas estão circulando entre nós o tempo todo,
atravessando nossos corpos e convivendo com os nossos pensamentos. Responder a
essa energia é a natureza em funcionamento.
É geralmente no Outono que somos surpreendidos com o
encerramento de alguns ciclos, aquelas situações que vinham se arrastando há
anos e se resolvem de uma vez. Deixamos de ter vontade de realizar certas
coisas, de frequentar certos lugares e de encontrar com algumas pessoas.
Também é no Outono que acontecem aqueles desentendimentos
que a gente não sabe como aconteceram, mas as pessoas simplesmente vão embora
da nossa vida. Os vínculos se enfraquecem e de repente rompemos com anos de
relacionamento.
Mas se pararmos pra pensar, aqueles relacionamentos e
situações não eram mais saudáveis pra gente, eram tóxicos e não promoviam mais
o nosso crescimento. Aquelas pessoas e situações na verdade representam partes de nós que estão "morrendo" para dar lugar a outras manifestações, expressões e talentos.
Precisamos desses espaços psíquicos para que nosso desenvolvimento aconteça e essa mobilização é uma reorganização de dentro pra fora, o reflexo disso é que vamos criando novos espaços na nossa vida externa também.
Precisamos desses espaços psíquicos para que nosso desenvolvimento aconteça e essa mobilização é uma reorganização de dentro pra fora, o reflexo disso é que vamos criando novos espaços na nossa vida externa também.
Mas o fato de não nos darmos conta dessa integração da
natureza com a nossa vida pessoal não impede que as coisas aconteçam. Pelo
contrário, se não estamos conscientes disso a nossa resposta às energias é
ainda mais intensa e acabamos projetando nos outros essa movimentação que
acontece dentro de nós. E para que o desligamento aconteça, vamos atraindo uma
situação insustentável onde o rompimento acaba sendo inevitável.
É aí que a faz muita diferença essa observação do mundo de
forma integrada, porque viver um rompimento importante é sempre dolorido e se
não estivermos conscientes do processo podemos nos sentir culpados pelo que
aconteceu – o que faz essa dor durar mais tempo do que necessário.
Val, sua linda! texto lindo e para refletir mesmo nos acontecimentos de nossas vidas que não demos importâncias em fases, em que fases estamos, pois vivemos de constante energia onde somos muito influenciadas. Parabéns Val!!!!
ResponderExcluirObrigada pela presença, querida!
ResponderExcluirVal querida muito profundo e verdadeiro. Como disse embora não paramos para observar nosso corpo em relação a natureza não temos como negar a sincronicidade existente.
ResponderExcluirBjs