segunda-feira, 1 de janeiro de 2018

2018 – Ano 11 e as previsões do Tarot



As artes divinatórias se conversam muito e duas linhas que se integram muito bem são o tarot e a numerologia – haja vista que as cartas do tarot são numeradas e sequenciadas por motivos que acompanham o padrão evolutivo da natureza. E tanto o tarot quanto a numerologia nos ajudam a entender melhor os comportamentos humanos, cada abordagem com suas próprias bases mas confluindo no entendimento maior em perceber as manifestações e expressões humanas de acordo com leis universais que regem o curso do tempo e das elementos da natureza que nos influenciam a todos.

Pela numerologia o ano 2018 será um ano 11, considerando a soma de cada um dos algarismos individualmente (2 + 0 + 1 + 8 = 11). O número 11 é um número mestre e não deve ser reduzido para 2 (1 + 1), neste caso devemos nos atentar para os ensinamentos distintos de um ano 11 e que são bem diferentes de um ano 2.

Quando o número 11 aparece num resultado da numerologia, pede bastante atenção: é um indicativo de que chegou um tempo para se conectar à espiritualidade e "subir" de nível. Para acessar sua força interna, direcionar a sua vontade para algo superior ao que existe hoje e manter-se determinado e diligente nessa direção.

O número 11 também trata da consciência da colaboração (1 + 1) e como uma atitude colaborativa pode ajudar a conquistar essas metas mais elevadas. 


Essa visão é bem parecida com o que concluímos pela análise astrológica para o ano de 2018, onde as transformações serão conduzidas por Saturno, num desenvolvimento que pede maturidade e seriedade para questões mais elevadas. Confira a previsão astrológica AQUI.

E então, fazendo a correspondência do número 11 com os arcanos do tarot, chegamos a duas possíveis combinações: a carta da Força ou a carta da Justiça.

Isso porque o sistema sequencial do tarot tradicional indicava a carta da Força como arcano 11 até que uma linha de estudos mais recente, preconizada por Aleister Crowley, alegou que a carta da Força estava no lugar errado da sequência e na verdade o arcano 11 deveria ser a carta da Justiça, e assim que vários tarots mais ligados com as questões do humano moderno levam em conta essa mudança numérica.

As duas possibilidades são válidas e vou indicá-las aqui pra que cada leitor avalie qual delas se ajusta melhor a sua percepção do momento coletivo que vivemos.

O arcano da Força mostra uma mulher nua dominando um Leão, sem grandes esforços ela consegue se impor à essa fera e controlar o instinto destruidor do animal. Simbolicamente, esse arcano nos mostra que existe um trabalho interno a ser realizado para dominar nossos instintos mais brutos e agressivos pois temos habilidades mentais que nos permitem nos diferenciar dessa consciência mais primitiva para nos elevarmos a um nível mais refinado de percepção da realidade. Se quiser conhecer mais a fundo as características desse arcano, clique AQUI.

Coletivamente, um ano regido pelo arcano da Força é promessa de um ano de muita atividade, com disposição e vitalidade física para tomar iniciativas e retomar as rédeas da sua própria vida, nessa tônica de aprimoramento em direção a um modelo humano superior.

Mas não nos enganemos, no padrão negativo essa vontade toda pode ser mal direcionada, e a gente pode cair na tentação de usar a força - do argumento, da persuação, ou a força física mesmo - pra fazer valer a nossa vontade diante do outro. Aí a coisa descamba, porque se o outro tem que se submeter isso é violência. Então temos que exercitar uma medida pessoal a fim de nos mantermos no terreno seguro da negociação e do diálogo no âmbito coletivo.

Também pode indicar um ano em que seremos mobilizados a enfrentar nossos impulsos mais agressivos e criar destrezas para dominá-los com consciência, direcionando essa energia interna para o nosso crescimento pessoal: dominar uma língua mais ferina, um padrão intolerante, aquela vontade de sair fazendo só o que der na telha sem pensar nas consequências, jogar tudo às favas e sair xingando... tudo isso pedirá por uma revisão neste próximo ano.

Essa interpretação se harmoniza com as linhas que indicam a regência do ano 2018 à Iansã ou a Durga, os arquétipos femininos mais poderosos e que tratam desse direcionamento da energia interna de forma responsável para não sermos destruídos.

E ainda ouso dizer que pode indicar uma fluência da energia feminina reagindo à dominação histórica das mulheres em diversas culturas e que ainda hoje acontece sob argumentos que não se sustentam à luz do conhecimento disponível hoje na humanidade.

Por outro lado, se considerarmos a interpretação mais moderna que coloca o arquétipo da Justiça como arcano 11, o ensinamento proposto é o de se dar conta de que tudo que acontece no mundo também acontece dentro de nós e que se hoje o mundo apresenta uma determinada realidade isso se deve a que experimentamos aquela mesma realidade internamente.

Se no mundo há raivas e conflitos, estamos todos ao mesmo tempo vivendo esses conflitos dentro de nós mesmos. O mundo externo é um reflexo daquilo que experimentamos sozinhos e a realidade externa pode nos dar uma dica dos temas que precisamos encarar dentro de nós: somos em algum nível intolerantes, isolados, violentos? Somos intolerantes com as nossas próprias falhas, ou somos violentos com nós mesmos quando reprimimos nossos desejos?

Aqui o aprendizado é o de investir nas transformações pessoais para que possamos cada vez mais nos sentir pertencentes a um coletivo que apoia, colabora e prospera junto. Mudando nossa realidade interna para melhor, curando nossas feridas emocionais e nos permitindo essa entrega para conviver livremente com os outros, podemos impactar positivamente também a realidade externa e modificá-la igualmente. Esta é um interpretação que se relaciona bem com a regência de Xangô, o orixá da justiça e da firmeza.

Se quiser conhecer melhor o arcano da Justiça, clique AQUI.

Entre a Força e a Justiça, qualquer que seja o arcano que afinizar melhor com você, 2018 promete ser um ano de bastante trabalho interior para todos nós ativando essas percepções e nos mobilizando ao aprimoramento pessoal.

A dica é compartilhar esses aprendizados para que cada vez mais pessoas se dêem conta dos seus próprios processos e possam criar consciência sobre o por quê disso acontecer. Trabalhar essas questões em grupo pode ser uma forma mais leve e gostosa de experimentar a evolução que os novos tempos estão nos pedindo, então considere você mesmo fazer uma reunião com os amigos para conversar a respeito, passar adiante o que você anda vivendo e como isso se encaixa no momento planetário. Lembre-se, o ano 11 pede colaboração: a sua!
                                                                                  
Todos ganhamos com a expansão da consciência coletiva, e talvez o número 11 nos traga esse entendimento de que podemos sim crescer individualmente mas sem deixar que esse crescimento fique restrito apenas à nossa bolha ou ilha particular; é no mundo real que nossos aprendizados individuais precisam ser colocados em prática.

E para as mulheres que me acompanham aqui pelas redes, deixo uma música que me chegou no ano passado para registrar o quanto aprender em grupo pode ser uma forma linda de se transformar e modificar a sua própria realidade. Compús essa música logo após minha iniciação no xamanismo matricial e ela fala dessa relação entre mulheres em que podemos experimentar a nossa força e a espiritualidade juntas. Espero que gostem :-)




2 comentários:

  1. Meus conhecimentos astrológicos são poucos, quanto ao vídeo concordo com o que canta...Força feminina Força interior....<3 <3

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    1. Que bom que gostou, Maria do Céu!
      Gratidão por acompanhar o meu trabalho por aqui, sempre estou postando coisas novas, às vezes sobre astrologia, às vezes sobre outros temas também mas sempre nessa tônica dos comportamentos humanos e do autoconhecimento.
      Um grande abraço!

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