Você já encarou um divã?
Esse é um instrumento muito interessante no processo de análise pois promove um escape da autovigilância constante.
Ali, deitada, a gente permite um momento de certa vulnerabilidade e entrega, somos convidadas as expor pensamentos, memórias, afetos...
O fato do analista estar fora da linha do olhar também permite que a gente vá pra dentro, se esqueça até de que existe mais alguém na sala, e podemos ir cada vez mais fundo nesse mergulho interno.
O fato do analista estar fora da linha do olhar também permite que a gente vá pra dentro, se esqueça até de que existe mais alguém na sala, e podemos ir cada vez mais fundo nesse mergulho interno.
Às vezes a entrega flui tanto que deixamos vazar o que estava sendo contido do lado de dentro, numa correnteza de palavras, emoções e lágrimas que encontram uma maneira de serem finalmente reconhecidas.
O divã é um convite ao descontrole, não porque seguramente venha uma catarse (às vezes nao vem nada disso!) mas sim porque se colocar voluntariamente nesse lugar de possibilidades exige que eu abra mão temporariamente daquela personagem que toma conta de tudo que eu digo e penso.
Nem todo mundo se permite estar no divã, tem gente que nem senta nele pra não correr o risco - e tudo bem porque cada coisa acontece no seu tempo certo.
Mas quando a gente vê essa entrega acontecer e o que isso promove em nós é tão incrível que ansiamos pelo próximo encontro com o divã.
E você, já encarou um divã?
Me conta o que você acha desse método 😊
E você, já encarou um divã?
Me conta o que você acha desse método 😊
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