De toda forma, é um pensamento que vai na mesma direção dos alinhamentos astrológicos da lunação de Gêmeos - e vale dizer da carta 4 de Ouros do tarot desta semana também.
Mas Freud realmente fala bastante sobre a dor das repetições, a dor da frustração de estar continuamente fadado aos mesmos resultados e das dores físicas dos sintomas que vivenciamos para sair das relações narcísicas para as objetais. Ele explora esse conceito da dor concreta como equivalente de uma vida ainda não experimentada. Uma vida que ainda não foi possível.
A mudança de conduta é então o caminho de reencontro consigo, para tornar essa vida possível.
Mas para isso, temos que encarar o medo do diferente, superar a barreira que nos impede de experimentar algo novo: todas as justificativas que damos a nós mesmos para permanecer onde estamos.
E daqui vou trazer um outro conceito, agora de Jung, que afirma que a inércia é a força mais poderosa da natureza. E também na natureza psíquica, a inércia se manifesta nas resistências diversas que se apresentam quando queremos nos reencontrar ou quando sabemos o que temos que fazer - e não conseguimos.
É pela dor que nos tornamos conscientes dessa perda de não estar vivendo o que deveríamos. A dor é um processo que nos traz imediatamente para o momento presente, interrompendo qualquer outro comportamento.
A dor é a barra de ferro enfiada na engrenagem, que para o mecanismo e força a interrupção de algo que não pode continuar. Enquanto o medo é abstrato, a dor é real.
E há momentos em que só a dor consegue vencer a inércia das nossas resistências.
Nas próximas duas semanas, observe seus processos e sintomas, e, especialmente, as suas dores.
Quando essa dor surgiu? Essa dor é no corpo ou na alma? Você cuida dessa dor ou você se vale dela?
Até quando você vai viver com essa dor?
Verbenna Yin
Astros - Tarot - Psicanálise
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