Hoje vamos falar da Imperatriz Maria Leopoldina, uma mulher que sempre soube qual era seu papel no mundo e cumpriu seu propósito fielmente até o fim. Foi arquiduquesa da Áustria e posteriormente a primeira mulher regente no continente americano após a divisão política do território conquistado, sendo a Primeira Imperatriz do Império Brasileiro e também Rainha do Reino de Portugal e Algarve ao lado de Dom Pedro I.
Vinha de uma família de monarcas, a casa Habsburgo e Lorena, e seu pai foi Imperador e Rei de diversos territórios incluindo a Áustria. Sua mãe também descendia de reis, era sobrinha da rainha Maria Antonieta e foi a primeira Imperatriz Consorte da Áustria. A mãe de Leopoldina teve 12 filhos e morreu no parto de sua última filha, que também não sobreviveu.
Leopoldina nasceu em 22/01/1797 e os registros apontam o horário de nascimento às 07:30h em Viena, na Áustria. Era Aquariana com ascendente em Capricórnio, o que indica a importância de Saturno e seus ciclos no mapa. Com Saturno em Gêmeos, desde a infância foi apresentada a uma educação privilegiada e preparatória para seu destino como regente, tendo acesso a uma formação que a habilitava para transitar em qualquer ambiente e desenvolveu nela a capacidade de análise, negociação e diplomacia política. Falava 6 idiomas diferentes, era versada em artes, música, equitação e caça e recebeu uma formação superior em ciências naturais. Muito versátil.
Leopoldina tinha a Lua em Escorpião na Casa 10, marca de pessoas muito vinculadas à figura materna (sua mãe morreu quando tinha apenas 10 anos numa passagem da lua pelo seu norte em Câncer e de Saturno em trânsito por Netuno natal na Casa 9). A Lua de Casa 10 também garante uma vida de exposição pública e pode destacar uma natureza mais impulsiva e determinada, porém sujeita à violência.
A Lua recebe um trígono de Marte em Áries na Casa, reforçando essas características escorpianas e estimulando Leopoldina a uma postura mais autônoma e autossuficiente. No polo oposto está Quíron em Libra, conduzindo a uma experiência muito importante de vida que envolveria a negociação de valores humanitários, da operacionalização da justiça e dos direitos das pessoas.
Aos 20 anos, em maio de 1817 Leopoldina se casou com D. Pedro I e o ato oficial foi realizado por procuração pois o noivo não compareceu. A viagem da Europa ao Brasil demorou meses e o casamento foi celebrado de fato em terras brasileiras no dia seguinte à sua chegada, em 06/11/1817 quando a lua estava sobre Quíron em Libra e o Sol sobre Netuno na Casa 9.
Ao vir para o Brasil, Leopoldina trouxe com ela uma comitiva formada por diversos botânicos e cientistas que aproveitaram a oportunidade para estudar as características naturais do Novo Mundo, sendo Leopoldina também estudiosa de geologia e botânica. Sendo Aquariana, ela provavelmente tinha grande interesse em conhecer melhor o novo continente também nesse aspecto.
Desde que chegou ao Brasil, Leopoldina abraçou sua nova terra e se comprometeu com a família imperial e o povo brasileiro. Adotou o nome Maria Leopoldina que trazia uma sonoridade mais portuguesa e a aproximava da figura da Virgem Maria na perspectiva católica que era a religião oficial e era muito estimada e popular, mais até que o marido.
Maria Leopoldina teve efetiva participação na decisão de D. Pedro I de permanecer no Brasil quando o rei D. João VI retornou com a corte para Portugal, bem como na decisão pela independência do Brasil para frear a possível divisão do território em diversas repúblicas menores e evitar revoltas populares e uma possível guerra civil.
Foi ela quem assinou o documento oficial de independência em 02/09/1822 e convenceu D. Pedro I a registrá-la num ato publicamente. Posteriormente, influenciou para que seu pai, Imperador da Áustria, reconhecesse a independência do Brasil e com isso abriu caminho para que outras nações também reconhecessem a independência, forçando Portugal a assinar o Tratado em que finalmente abriu mão do território. Na época da independência, Maria Leopoldina tinha 24 anos e estava na metade do ciclo de Quíron.
A Imperatriz Leopoldina também influenciou na criação do símbolo nacional da bandeira verde amarela, unindo as cores das casas reais, bem como criou a estratégia de fomentar a migração de europeus, notadamente germânicos, para viverem e trabalharem no Brasil com a intenção de enfraquecer o tráfico de pessoas escravizadas vindas da África. Também era conhecida por seus atos de caridade e emprego de objetos e joias pessoais para socorrer os necessitados, sendo muito querida pela população que a chamava de "mãe".
A Imperatriz Leopoldina teria também participado do processo de elaboração da Primeira Constituição do Brasil em 1824, que rompou com o modelo absolutista e previa a divisão dos poderes e as garantias individuais dos cidadãos – o que seria muito apropriada para alguém com Sol/Mercúrio/Plutão em Aquário, Saturno em Gêmeos e Quíron em Libra.
Porém foi com a ativação de Lilith em Capricórnio na casa 12 que a Imperatriz Leopoldina sofreu seu maior revés, com a decisão de D. Pedro I de trazer sua amante Domitila para viver na corte e ser dama de companhia da própria Imperatriz quando ambas deram à luz a filhos dele – foi nessa situação que nasceu D. Pedro II.
A Imperatriz considerou a situação uma grande humilhação e há registro de uma carta enviada a sua irmã Maria Luísa, casada com Napoleão Bonaparte, relatando que ela se sentia continuamente adoentada e sua condição a impedia de deixar o palácio, e que por isso pedia ajuda da irmã para encarregar-se do cuidado com os filhos pequenos pois sentia que iria morrer.
Durante os 9 anos em que ficou casada com D. Pedro I, a Imperatriz Leopoldina teve 7 filhos e foi na gestação do último filho que ela definhou severamente com episódios convulsivos e delírios, resultando num aborto do qual ela não se recuperou mais. Sua morte até hoje é questionada, há quem acredite que ela foi envenenada gradualmente, ou que tenha sido vítima de violência doméstica após recursar-se a comparecer a uma cerimônia oficial em que D. Pedro I oficiou ao lado de Domitila – teria sido empurrada de uma escada. Os registros históricos, porém, atestam que a Imperatriz morreu em decorrência de uma infecção puerperal no dia 11/12/1826 aos 29 anos de idade (retorno de Saturno), assim como sua mãe.
No dia de sua morte, Netuno (sempre presente nas datas importantes) estava alinhado à Lilith. Saturno estava conjunto ao Nodo Norte em Câncer na Casa 5 encerrando sua missão como figura maternal em terras brasileiras, enquanto Júpiter estava alinhado a Quíron na Casa 8 em Libra garantindo o reconhecimento de sua participação no processo político nacional.
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