terça-feira, 15 de junho de 2021

Perversões do quotidiano

violencia

"Eu faço a minha lei, não cumpro leis" disse o homem que apontou uma arma para o rosto do funcionário de uma loja que reiterou o uso de máscara no estabelecimento público. A norma já existe, há fiscalização e mesmo assim o homem se nega a cumpri-la.

É no núcleo perverso que se sustenta a lógica do atual desgoverno.

"(...) a disposição às perversões é a disposição originária e universal da pulsão sexual dos seres humanos."

Freud
Três ensaios sobre a teoria da sexualidade.

Contam com a natureza humana, e tem feito isso sistematicamente desde a campanha eleitoral em 2018.
Mas há aqueles que, além do núcleo perverso, funcionam numa estrutura psíquica perversa, a Verleugnung freudiana que se configura no Édipo com a definição das posições em relação à castração. 

Na estrutura perversa, o sujeito não aceita a castração e denega a realidade, encarando a interdição como um eterno desafio a ser ultrapassado.

A denegação se resolve no fetiche, e que fetiche mais estimulante para um perverso do que uma arma, não é mesmo coleguinhas psis?

Não foi coincidência que a liberação de armas foi promessa de campanha. Também não é coincidência o estímulo à dispensa ao uso de máscaras enquanto símbolo da adesão à ordem atual.

Estamos num ponto que todo mundo tinha estudar psicanálise, porque as articulações políticas já o fizeram.

Verbenna Yin
Psicanalista - Astróloga - Taróloga

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