Vou dar um spoiler sobre o eclipse de amanhã em relação ao mapa do país, ou seja, algumas possibilidades na vida pública e coletiva. Este será um eclipse solar, quando o Sol é eclipsado, e isso é significativo simbolicamente porque temos um apagão na energia vital por conta da Lua que se impõe à frente do Sol e projeta sua emanação sobre a Terra.
Lua é passado, memória e herança. Quando a Lua impõe sua presença num eclipse solar isso faz com que a gente se veja obrigado a lidar com o que vem desse passado, com os efeitos desses acontecimentos e principalmente com os desdobramentos das coisas que não trabalhamos na época certa e ficaram lá no escuro - mas ainda com vida própria.
Essas pequenas porções do passado que não foram bem encaminhadas, que não admitimos ou renegamos e preferimos fazer de conta que nunca existiram, elas vão voltar.
Na psicanálise isso tem nome: recalque. Um eclipse solar é, por analogia, o retorno do recalcado.
Na esfera coletiva, vamos vivenciar o retorno daquilo que estávamos andamos esquecendo como era: a desigualdade social, a inflação alta, a exploração dos trabalhadores, a fome e a miséria seletiva e - notadamente - a destrutividade que tudo isso causa. Todos nós já estamos sentindo esses retrocessos mas agora todos nós vamos pagar a conta desse retorno, que é coletivo, pois tudo isso é destrutivo em relação ao futuro - Sol eclipsado.
Por outro lado, eclipse também é propulsão e na medida em que saibamos com o que estamos lidando, e o que corre o sério risco de se impor de volta, podemos agir da forma mais coerente e efetiva com relação a esses conteúdos - até porque já tivemos exemplos práticos e vivenciamos resultados quem comprovam o caminho de saída desse retrocesso. O Brasil já aprendeu a fazer políticas de inclusão social, de democratização da educação, do estímulo à pesquisa e produção de ciência no país, de melhor aproveitamento das riquezas nacionais e de distribuição de renda, já vivemos tudo isso e sabemos como fazer isso funcionar.
Outro ponto interessante é a saída de Netuno da retrogradação às vésperas do eclipse, o que garante que o efeito do eclipse nos alcance já com essa lente corrigida e consigamos perceber que negar o passado ou agir como se o que acontece com o outro não nos atinge, tem seu preço.
No mapa do Brasil o eclipse acontece no nodo sul em conjunção à Lilith em Sagitário (não abrir mão do seu futuro) e atinge Lua e Júpiter em Gêmeos na oposição. Lua fala de povo, moradia e alimentação enquanto Júpiter simboliza a aplicação da justiça, a educação superior, as viagens e a produtividade econômica.
Com o retorno do recalcado sendo anunciado, o que será que vamos reviver TODOS em relação à esses temas?
O astrólogo Dane Rudhyar diz que o nodo sul "indica as armadilhas que a inércia do passado (ou a memória inconsciente das falhas passadas) coloca no caminho do desenvolvimento pessoal."
A inércia em relação ao passado de fome e exploração de pessoas que acontece desde a invenção do Brasil vai cobrar sua conta porque para quem é distraído o passado se repete.
"Dormia a pátria mãe tão distraída..."
Mas há um movimento no céu que me enche de esperança: Urano está tensionando o Saturno natal do país na casa 3, do crescimento, e pode sinalizar que a reorganização que precisamos depende de uma reinvenção social em novas estruturas fundamentais, mais antenadas com os ideias aquarianos de cooperação e fortalecimento nas diferenças - e que insistir nas fórmulas tradicionais (que só enriquecem macaco velho) é tão destrutivo que um belo dia pode fazer ruir esse castelo mal fundado. O que, pelo relógio celeste deve acontecer em Fevereiro de 2023 quando Saturno cruzar a linha do ascendente e Urano entrar na Casa 4.
Até lá, meus amores, vamos abrir os olhos e entender melhor esse nosso passado vergonhoso pra não correr o risco de retrocedermos ainda mais. E estudem história, principalmente os resultados econômicos de cada presidente.
Verbenna Yin
Astros - Tarot - Psicanálise
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