Hoje partiu Lygia Fagundes Telles, escritora genial e premiadíssima nascida nessa cidade uraniana que é São Paulo em 19/04/1923. Era filha de pai promotor e mãe pianista, o que a aproximava tanto da arte como da escrita e corresponde muito ao aspecto mais destacado do seu mapa astrológico: um Yod apontado para Urano e Vênus conjuntos em Peixes. Esse alinhamento demonstra talento e criatividade (Urano) para vivenciar artisticamente as questões do universo feminino (Vênus) bem como denunciar as condições de vulnerabilidade da mulher na sociedade (Peixes). Esse alinhamento demonstra talento e criatividade (Urano) para vivenciar artisticamente as questões do universo feminino (Vênus) bem como denunciar as condições de vulnerabilidade da mulher na sociedade (Peixes). Lygia reconhecidamente tinha uma perspectiva feminista em suas obras, chegando a questionar papéis de gênero e a tratar de assédio e feminicídio numa época em que ainda não havia clareza sobre esses conceitos.
Lygia era ariana e tinha o Sol conjunto a Lilith, o que confere uma alma livre e aventureira, sem medo de buscar seus próprios caminhos na vida. Era formada em Educação Física (Áries) e em Direito também, talvez por influência de seu Saturno em Libra (equilíbrio das relações sociais) que é um dos pontos de apoio do Yod.
O mundo intelectual certamente tinha sua importância para Lygia que aos 24 anos se casou com o célebre advogado, seu professor, Goffredo da Silva Telles Júnior – profissional controverso que pendia ora ao conservadorismo (integralista) e ora participava ativamente da defesa da democracia (Vênus e Urano conjuntos). Casou-se mais tarde com Paulo Emílio Salles Gomes, historiador e responsável pela expansão do cinema nacional com a fundação da Cinemateca Brasileira (Vênus em Peixes).
Porém, a escrita havia começado bem antes de sua formação acadêmica pois foi aos 15 anos, com apoio do pai, que publicou seu primeiro livro de contos “Porão e sobrado”. Os contos, de leitura rápida e dinâmica, são a marca da maioria de suas mais de 20 publicações.
Mas Lygia despontou mesmo na escrita a partir do filme “Capitu”, adaptação da obra de Machado de Assis para o cinema que lhe rendeu o prêmio Candango com o melhor roteiro. Cinema é coisa de Netuno e é esse o planeta que faz o segundo ponto de apoio ao Yod em Peixes. Daí em diante, Lygia que tinha Mercúrio em Touro (persistência) não parou mais de escrever e publicou diversas obras premiadas – foram quatro Prêmios Jabuti além de vários outros.
Seu maior sucesso é a obra “As meninas”, um romance ambientado no período da ditadura militar que conta a estória de três jovens mulheres e conseguiu narrar com lirismo uma sessão de tortura. Curiosamente, o livro foi escrito de forma um tanto monótona na parte inicial justamente para enganar os censores da ditadura e conseguir aprovação para ser publicado. Original é pouco.
Em 1987 quando Júpiter e Vênus transitavam por seu Sol ariano e Plutão por seu Júpiter natal, Lygia tomou posse como imortal na Academia Brasileira de Letras. Em 2005, aos 82 anos e em pleno retorno de Urano, recebeu o prêmio Camões de literatura pelo conjunto da sua obra que enriqueceu o patrimônio da língua portuguesa.
Lygia morreu aos 98 anos no início de uma lunação ariana, num dia em que a Lua estava conjunta a Urano e passando sobre seu Mercúrio natal, liberando-a da sua missão com a escrita. Sobre o Yod em Peixes que sempre a influenciou, está de passagem o planeta Júpiter que é a marca indelével dos grandes.
Que mulher incrível gente, mais uma que está no projeto Estrelas da História.
Verbenna Yin
Astros - Tarot - Psicanálise
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