E então ela chegou.
No seu tempo, na lua negra de Escorpião, o arcano sem nome veio nos acompanhar trazendo sua foice em movimento.
Esta carta é simbólica e representa um momento em que não podemos mais negar que algo, enfim, terminou. Não importa o que seja, a experiência aqui (uma situação, um projeto, um trabalho, uma relação, uma propriedade, etc.) está concluída e não há nenhum esforço da nossa parte que pode prolongar essa experiência - nem mais um pouquinho...
De todos os tarôs, eu gosto mais da representação do Marselha para esta carta porque ela aborda um aspecto que eu valorizo muito nessa experiência, que é a perda da identidade.
A experiência que se finda nos definia, por isso ela era tão cara e fizemos de tudo para mantê-la até onde deu.
Quando somos obrigados a admitir que a experiência realmente terminou, é como se estivessem retirando também algo muito nosso, como os rostos, mãos e pés que foram cortados na carta.
Essa finalização faz com que a gente tenha que rever quem nós somos agora, já que essa experiência não nos define mais.
Quem te define?
Seu sucesso diz mesmo quem você é?
Quando você deixar de fazer esse trabalho, quem você será?
O arcano da Morte ensina que com o tempo tudo passa por uma reconfiguração, inclusive a ideia que temos de nós mesmos. Desapegar dos rostos que já tivemos, das posições, dos personagens, é só o início de um processo de reconfiguração da vida que está sempre em constante fluxo para a nossa evolução.
O segredo é não se identificar nem se deixar definir. Existem outras formas de existir e se você estiver pronto, a foice não amedronta: ela libera o caminho para outra fase.
Para sintonizar este arcano, recomento os cristais de Berilo e de Ametista para limpar o campo e a essência de Patchouli para seguir adiante.
Verbenna Yin
Astros - Tarot - Psicanálise
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