sábado, 3 de abril de 2021

Podemos ser mais do que somos hoje

Persona

Se tem algo que a psicologia desvenda é que podemos ser mais, todas as abordagens dessa linha de compreensão do humano fazem um convite ao reencontro consigo como forma de experimentar mais da vida, de ir além. Mas eu gosto especialmente da abordagem de Jung com a proposta do caminho de individuação, por mais que esse termo hoje já tenha caído no uso comum e até banalizado no meio terapêutico.

Gosto particularmente porque essa visão se associa muito ao que propõe a Astrologia e o Tarot, ambas linguagens simbólicas que nos inspiram à busca pelos caminhos da alma.

A individuação é esse percurso de desenvolvimento, de se des-envolver de tudo que nos emaranhou e nos condicionou, para que a gente possa então se tornar cada vez NÓS MESMAS. Nessa jornada, as linguagens simbólicas podem ir nos guiando através dos arquétipos e assim, por associação, vamos percebendo em que momento do caminho estamos e mais: o que podemos nos tornar.

Os arquétipos mostram a nossa verdade, para além das conveniências da educação e da socialização que nos diminuem, e trabalhar com as imagens simbólicas do inconsciente permite uma expansão que não seria possível apenas com o uso da razão - pois nessa dimensão racional também estão as defesas, as negações e distorções que impedem nossa expressão completa.

Os arquétipos ultrapassam as barreiras da racionalidade e podem nos reorientar para recuperarmos a nossa totalidade.

Murray Stein fala sobre a individuação como uma expressão particular dos padrões arquetípicos do inconsciente coletivo e que a integridade do Ser se fundamenta na livre manifestação dos arquétipos que cada psique comporta individualmente:

"As evidências da individuação são uma consciência maior, mais inclusiva, mais integrada; uma consciência menos propensa a recair em operações defensivas como fragmentação e projeção. Há também acesso cada vez maior a energias instintivas, como a criatividade. A continuidade da individuação requer uma espécie particular de atitude (...) define um tipo específico de desenvolvimento psicológico que ocorre ao longo do tempo. Esse desenvolvimento introduz-se e fixa-se tanto nas dimensões conscientes como inconscientes da psique. (...) Seu palco é o mundo interior, o mundo da consciência e do insconsciente, e seu padrões e dinâmica têm como base um processo arquetípico que pertence aos padrões inatos do inconsciente coletivo."

Você conhece seus arquétipos pessoais?

No próximo sábado estaremos no grupo de estudos de Tarot e Psicanálise, uma jornada para reconhecer os arquétipos pessoais de cada um e entender o que eles têm para mostrar sobre você. Para participar, é só escrever inbox.

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