Mas ao longo do processo terapêutico a gente vai detalhando melhor os eventos, entendendo as dinâmicas, e começa a descobrir que essas reações acontecem apenas num determinado ambiente, ou apenas na interação com certas pessoas. Nos demais ambientes que frequentamos e com outros grupos não nos comportamos assim.
Depois de um tempo, criamos coragem e nos distanciamos um tanto das pessoas e situações que nos fazem reagir assim e... SURPRESA!! Não temos mais esses comportamentos.
Em parte, claro, é porque aprendemos a lidar com as contrariedades e os conflitos e vamos administrando melhor nossas reações, mas a maior parte é efeito da dinâmica que se estabelece e se repete naquela convivência específica.
Exemplo: esposa explosiva e chorona, que só explode e chora com o marido. Quando se separa, percebe que as contrariedades do dia a dia não chegam a causar esse tipo de reação, e vai passando o tempo e ela percebe que não tem mais essa reação em nenhum outro lugar e com nenhuma outra pessoa.
Então é muito possível que a gente passe uma vida acreditando SER isso ou aquilo - o que pode interferir muito na nossa autoestima e na imagem mental que temos de nós mesmas - quando na verdade podemos ESTAR dessa maneira por conta de sucessivas reações a uma convivência tóxica.
Coisa tóxica a gente mantém longe (já fizeram raio x?) e quando tem que se aproximar, usa proteção para que aquilo não nos deforme. Da mesma maneira, o processo terapêutico ajuda a gente a reassumir a nossa verdadeira forma e a aprender como se preservar das convivências tóxicas.
Quem já se deu conta de que certos comportamentos só acontecem com determinadas pessoas ou em certos ambientes?
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